Os trabalhadores da Empresa de Água de Luanda (EPAL) mantêm a greve por tempo indeterminado apesar do Presidente da República ter nomeado um novo Conselho de Administração em substituição do anterior.
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O secretário sindical, António Domingos Francisco, disse à VOA que a paralisação vai continuar, enquanto se aguarda pela tomada de posse dos novos gestores com os quais pretende negociar o caderno reivindicativo dos trabalhadores.
António Domingos admitiu, entretanto, que o sindicato poderá intentar uma acção judicial contra os antigos responsáveis por alegados “contratos danos os para a empresa” feitos com entidades privadas na distribuição e venda da água ao público de Luanda.
Sobre este assunto, o actual ministro de tutela, João Baptista Borges negou as acusações dos sindicalistas que lhe atribuem a titularidade de um dos postos privados de venda de água em Luanda.
Baptista Borges disse tratar-se de uma tentativa de se usar a sua proximidade familiar com um dos detentores desta licença para fundamentar a acusação, o que para o governante, “não faz qualquer sentido”.
No meio da greve, que dura há dois meses, o Presidente João Lourenço exonerou, no passado dia 20, o Conselho de Administração da EPAL, dias depois de ter afastado do cargo o secretário de Estado das Águas, José Filipe da Silva, tutela da empresa.
Os trabalhadores exigem um aumento salarial de 200 por cento, aumento do subsídio de alimentação e transporte, seguro de saúde para os trabalhadores e os membros do seu agregado familiar.