A Unidade de Investigação Financeira das Maurícias é de opinião que Jean Claude Bastos de Morais, antigo sócio do Fundo Soberano de Angola, esteve envolvido em “acções e feitos ….. equivalentes a ofensas de corrupção, desvio de fundos e lavagem de dinheiro”.
A opinião está contida no depoimento que essa unidade apresentou a um tribunal mauriciano que ordenou o congelamento das contas da companhia de Bastos de Morais, a Quantum Global, que administrava milhares de milhões de dólares do Fundo Soberano de Angola.
As autoridades mauricianas congelaram 91 contas ligadas á Quantum Global.
O Consorcio Internacional de Jornalistas de Investigação disse ter tido acesso ao depoimento da unidade de investigação em que esta afirma também que o congelamento das contas era necessário por haver “um risco sério de dissipação ou transferência ilegal de dinheiro” que pertence ao povo angolano.
Anteriormente jornais mauricianos tinham noticiado que poucos dias antes do congelamento das contas mais de 30 milhões de dólares tinham sido transferidas dessas contas
Recentemente a Quantum Global retirou todos os seus pedidos de providência cautelar contra o congelamento das suas contas pelas autoridades das Maurícias.
Desconhece-se a razão porque a Quantum Global desistiu da sua acção visando a reabertura das suas contas.
A Quantum Global e Bastos de Morais têm sempre negado qualquer acção ilegal afirmando que todas as contas relativas a investimentos de dinheiros do Fundo Soberano de Angola foram feitas legalmente.
As autoridades suíças passaram rcentemente buscas a escritórios da Quantum Global e confirmaram ter iniciado “procedimentos criminais” relacionados com possíveis casos de lavagem de dinheiro mas não deu outros pormenores.
Jean Claude Bastos de Morais está impedido de deixar Angola e foi constituído arguido.