Manifestantes anti-demolições absolvidos no Menongue

Amnistia Internacional pede fim de deslojamentos forçados.
No Menongue um tribunal absolveu 28 pessoas acusadas de distúrbios públicos na sequência da demolição das suas casas.

Os acusados haviam sido presos na passada Quarta-feira quando um grupo de moradores moradores da rua do aeroporto, adjacente do Bairro Castilho tentavam manifestar-se contra as demolições de casas sucedidas no dia anterior.

Registaram-se confrontos com a poíicia que fez uso da força e mesmo de armas de fogo para dispersar os manifestantes.

José Francisco, uma das vítimas disse a Voz da América na ocaisão que, o administrador municipal iniciou com as demolições das habitações sem uma informação prévia aos seus ocupantes, alegando apenas que cumpria ordens superiores.

Entretanto a Amnistia Internacional lançou uma campanha para exigir o fim das demolições de casas e despejos forçados na cidade de Menongue, província do Kuando Kubango.

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Amnistia Internacional pede fim de demolições



Muluka-Anne Mitti, pesquisadora da Amnistia Internacional, disse à Voz da América que a campanha visa mobilizar a comunidade internacional a fazer pedidos às autoridades angolanas para não procederem com mais demolições sem que haja o desenvolvimento de um plano de reassentamento para fornecer alojamento alternativo adequado as famílias afectadas.

“ Estamos muitos preocupados porque as casas foram demolidas sem casas alternativas, as pessoas agora estão ao relento,” disse aquela pesquisadora.
“A Amnistia Internacional também está preocupada porque estas demolições ocorreram sem consulta prévia as famílias,” acrescentou.

A Amnistia Internacional recomenda as autoridades angolanas que suspendam todos os despejos forçados previstos em Menongue e acusa o governo angolano de não respeitar as normas internacionais e regionais de direitos humanos.

“ Mais uma vez estamos a pedir as autoridades de Angola para verificar sempre quando há despejos que as pessoas recebem notícias prévias, as pessoas são consultadas e recebem compensação e habitação,” disse Muluka.