Violações de direitos humanos ameaçam democracia em Angola - ONG

Mário Domingos, organizador de uma a manifestação de 10 de Março , após ter sido agredido por desconhecidos em Luanda

Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos exige explicações sobre desparecimentos de activistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule
O Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos (CCDH) considerou Segunda-feira em Luanda que os casos de violação dos direitos fundamentais dos cidadãos constituem um obstáculo, para a consolidação da democracia e da paz em Angola.


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Direitos humanos e o governo



O coordenador adjunto do CCDH, Lauriano Paulo fez esta afirmação quando apresentava publicamente o balanço dos encontros mantidos com as instituições do executivo angolano, nomeadamente a presidência da república, a provedoria, e ainda os ministérios da justiça e do Interior a quem apresentou as seguintes inquietações.

"Supostas mortes de cidadãos no Cacuaco, agressões a cidadãos presos na cadeia de Viana, a corrupção, as demolições de casas e deslocamento forcados de famílias" são algumas das violações mencionadas pelo conselho

O CCDH instou o executivo a explicar onde andam os dois activistas cívicos desaparecidos há um ano.

"Que o executivo esclareça o desaparecimento dos cidadãos Alves Kamulingue e Isaias Cassule," disse este activista.

Outra preocupação colocada ás autoridades do estado prende-se com o direito à manifestação e de reunião, garantido na Constituição angolana, artigo 47 e que, segundo disseram, é constantemente atropelado pelo executivo.

Convidado à conferencia, o assistente da Embaixada Norte Americana em Angola, o especialista em politica Zeferino Teka pensa que a luta pelos direitos humanos 'è um processo e que o país está no caminho certo.

"Pesa-nos quando assistimos as realidades sobre violações de direitos humanos acontecerem mas acreditamos que é um processo continuo," disse