Chivukuvuku critica actuação do governo em Luanda

Abel Chivukuvuku

Autoridades fazem obras "para inglês ver" e neglilgenciam bairros populares, diz presidente da CASA CE
O líder da CASA CE Abel Chivukuvuku criticou as autoridades pelo modo desordenado como tentam governar a capital e por se envolverem em projectos “para inglês ver” que não beneficiam a população.


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Chivukuvuku fala sobre problemas de Luanda



Chivukuvuku falava numa conferência de imprensa comentou a visita que o Presidente José Eduardo dos Santos fez ao Cazenga na sequência das chuvas que causaram pelo menos nove mortos e avultados estragos.

Para Chivukuvuku José Eduardo dos Santos ao deslocar-se ao Cazenga acaba de despertar de um profundo sono de insensibilidade aos problemas dos cidadãos da periferia de Luanda.

"Finalmente o titular do poder executivo acordou da letargia e insensibilidade que vinha demonstrando face aos graves e dramáticos problemas que as populacoes vivem," disse o líder da CASA CE que exortou o presidente a
“deixar definitivamente a cultura do faz de conta, que acaba sempre em tanto faz".

A CASA-CE considera não fazer qualquer sentido o executivo anunciar requalificações de alguns bairros, como Cazenga e Sambizanga, quando vão nascendo outros sem qualquer ordenamento.

"Não tem muito valor requalificar mas continuar a nascer e a crescer bairros desordenadamente," disse Chivukuvuku que rejeitou o argumento da falta de recursos para atender as todas as necessidades dos bairros de Luanda.

A falata de recursos, disse , é um falso problema e fez notar os projectos de embelezamentos das marginais de Luanda que, segundo disse, envolveram “bililões de dólares”.

“Essas obras mudaram a vida de quem? Não teria sido melhor utilizar estes recursos na requalificação do Cazenga, levar 'água potável ao Cazenga, ao Rangel, pra Viana, Rocha Pinto?" interrogou.

O lider da CASA-CE diz não ter dúvidas que o que falta ao executivo, não são recursos mas sim sensibilidade aos problemas dos cidadãos.

" Na negligencia e insensibilidade para o poder, a vida das pessoas não conta e precisam de fazer obras teatrais para Inglês ver,” disse.
“O que vem de fora vai a Marginal e está muito bonita," acrescentou.