À antiga primeira-ministra Margaret Thatcher se atribuiu a mudança da face política britânica durante os três mandatos que serviu.
Margaret Thatcher teve a distinção de ser a primeira mulher eleita para o mais alto cargo britânico. Foi uma respeitada dirigente mundial durante os 11 anos que dirigiu os destinos do seu país. Ganhou também a alcunha de “Dama de Ferro” pela sua tenacidade.
Na sua autobiografia, Thatcher escreveu que a sua principal concretização como primeira-ministra foi mudar a política britânica do que descreveu socialismo leve para uma sociedade de livre empreendimento e mercado livre.
Cinco anos depois de ter deixado o cargo, Thatcher disse numa entrevista à televisão que também tinha restaurado a posição de destaque da Grã-Bretanha no mundo devido à sua inabalável defesa da liberdade. Relembrou a sua decisão de enviar tropas britânicas para defender as ilhas Falkland, em 1982, quando as forças argentinas invadiram esta dependência britânica.
“As pessoas sabiam que não íamos tolerar o agressor. Não íamos apaziguar um agressor. Assim fomos para as Falkland. Foi a primeira vez que, no período pós-guerra, um agressor foi expulso. Assim voltamos a definir a Grã-Bretanha como uma grande nação, num espaço geográfico mais pequeno, porque já não temos um império. Mas voltamos a readquirir o nosso auto-respeito e a nossa reputação.”
O mesmo pode ser dito sobre a sua condenação da invasão iraquiana do Kuwait, em1990. Junto ao então presidente norte-americano George Bush, numa reunião nos Estados Unidos, Thatcher não hesitou em apelar a uma acção militar caso fosse necessária para pôr cobro ao líder iraquiano Saddam Hussein.
Nascida no seio de uma família da classe média, estudou química e advocacia mas rapidamente se virou para a política. Foi secretária para a educação e ciências nos anos 70. Ascendeu rapidamente dentro do Partido Conservador e tornou-se líder da oposição parlamentar em 1975. Em 1979 foi eleita primeira-ministra.
A liderança de Thatcher foi controversa na altura. Reduziu o poder dos sindicatos, reduziu a despesa pública, privatizou as companhias estatais, e colocou mais a direita o seu partido Conservador.
Nunca escondeu a sua hostilidade para com a ideia de uma maior cooperação económica e política com a União Europeia. Sempre afirmou que isso roubaria a soberania da Grã-Bretanha.
Sendo a única mulher líder no espaço da União Europeia, a marca de Thatcher era a sua mala de cor preta, que carregava sempre ao tiracolo. Tinha um estilo de discurso incisivo muitas vezes dirigido aos dirigentes europeus que tentavam uma maior unidade.
“Você não pode ter precisamente o tipo de líder que quer. É uma escolha dentro daquilo que se lhe oferece. Sem dúvida que há muitas pessoas para quem eu não sou a líder ideal, particularmente aqueles que querem, mais do que eu, uma maior integração na Europa.”
Apesar das críticas, a tenacidade de Margaret Thatcher deu-lhe vitórias eleitorais esmagadoras e um segundo e um terceiro mandatos. Mas o seu empurrar deliberado dos conservadores para a direita irritou muitos dentro do seu próprio partido.
Foi afastada da liderança do partido e do cargo de primeira-ministra em 1990. Mais tarde foi feita baronesa e nomeada para a Câmara dos Lordes.
Num discurso em 1996, Thatcher responsabilizou pela perda de popularidade dos Conservadores a nova liderança que segundo ela traiu os seus princípios. O que funciona, reafirmou, é o mercado livre não um governo demasiadamente envolvido.
Não hesitou em oferecer o seu conselho ao seu sucessor, John Major, quando aquele se debatia, sem sucesso, por manter o Partido Conservador no poder.
Ironicamente, foi um Partido Trabalhista remodelado que deitou por terra a sua retórica socialista e adoptou a estratégia de Thatcher para ganhar o poder em 1997 e colocar de novo o Partido Conservador na oposição.
Nos últimos anos de vida Thatcher recusou ficar calada ou nos bastidores. Fez campanha incansavelmente pelos candidatos conservadores por todo o país e nunca hesitou dar o seu conselho à nova geração de dirigentes do Partido Conservador.
Na sua autobiografia, Thatcher escreveu que a sua principal concretização como primeira-ministra foi mudar a política britânica do que descreveu socialismo leve para uma sociedade de livre empreendimento e mercado livre.
Cinco anos depois de ter deixado o cargo, Thatcher disse numa entrevista à televisão que também tinha restaurado a posição de destaque da Grã-Bretanha no mundo devido à sua inabalável defesa da liberdade. Relembrou a sua decisão de enviar tropas britânicas para defender as ilhas Falkland, em 1982, quando as forças argentinas invadiram esta dependência britânica.
“As pessoas sabiam que não íamos tolerar o agressor. Não íamos apaziguar um agressor. Assim fomos para as Falkland. Foi a primeira vez que, no período pós-guerra, um agressor foi expulso. Assim voltamos a definir a Grã-Bretanha como uma grande nação, num espaço geográfico mais pequeno, porque já não temos um império. Mas voltamos a readquirir o nosso auto-respeito e a nossa reputação.”
O mesmo pode ser dito sobre a sua condenação da invasão iraquiana do Kuwait, em1990. Junto ao então presidente norte-americano George Bush, numa reunião nos Estados Unidos, Thatcher não hesitou em apelar a uma acção militar caso fosse necessária para pôr cobro ao líder iraquiano Saddam Hussein.
Nascida no seio de uma família da classe média, estudou química e advocacia mas rapidamente se virou para a política. Foi secretária para a educação e ciências nos anos 70. Ascendeu rapidamente dentro do Partido Conservador e tornou-se líder da oposição parlamentar em 1975. Em 1979 foi eleita primeira-ministra.
A liderança de Thatcher foi controversa na altura. Reduziu o poder dos sindicatos, reduziu a despesa pública, privatizou as companhias estatais, e colocou mais a direita o seu partido Conservador.
Nunca escondeu a sua hostilidade para com a ideia de uma maior cooperação económica e política com a União Europeia. Sempre afirmou que isso roubaria a soberania da Grã-Bretanha.
Sendo a única mulher líder no espaço da União Europeia, a marca de Thatcher era a sua mala de cor preta, que carregava sempre ao tiracolo. Tinha um estilo de discurso incisivo muitas vezes dirigido aos dirigentes europeus que tentavam uma maior unidade.
“Você não pode ter precisamente o tipo de líder que quer. É uma escolha dentro daquilo que se lhe oferece. Sem dúvida que há muitas pessoas para quem eu não sou a líder ideal, particularmente aqueles que querem, mais do que eu, uma maior integração na Europa.”
Apesar das críticas, a tenacidade de Margaret Thatcher deu-lhe vitórias eleitorais esmagadoras e um segundo e um terceiro mandatos. Mas o seu empurrar deliberado dos conservadores para a direita irritou muitos dentro do seu próprio partido.
Foi afastada da liderança do partido e do cargo de primeira-ministra em 1990. Mais tarde foi feita baronesa e nomeada para a Câmara dos Lordes.
Num discurso em 1996, Thatcher responsabilizou pela perda de popularidade dos Conservadores a nova liderança que segundo ela traiu os seus princípios. O que funciona, reafirmou, é o mercado livre não um governo demasiadamente envolvido.
Não hesitou em oferecer o seu conselho ao seu sucessor, John Major, quando aquele se debatia, sem sucesso, por manter o Partido Conservador no poder.
Ironicamente, foi um Partido Trabalhista remodelado que deitou por terra a sua retórica socialista e adoptou a estratégia de Thatcher para ganhar o poder em 1997 e colocar de novo o Partido Conservador na oposição.
Nos últimos anos de vida Thatcher recusou ficar calada ou nos bastidores. Fez campanha incansavelmente pelos candidatos conservadores por todo o país e nunca hesitou dar o seu conselho à nova geração de dirigentes do Partido Conservador.