Cancro não deve ser sentença de morte

A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que um-terço de todas as mortes por cancro podiam ser evitadas. Cancro que é a principal causa de morte em todo o mundo.
Números da OMS apontam para que em 2008, 7.6 milhões de pessoas morreram de cancro e que todos os anos há cerca de 13 milhões de novos casos

Mas um estudo mundial preparado para o dia Mundial do Cancro concluiu que mais de metade dos países não tem um plano compreensivo de combate ao cancro que podia salvar milhares de vidas.

Mais de dois-terços destes novos casos e mortes registam-se nos países em desenvolvimento onde os números continuam a aumentar a um ritmo alarmante.

Andreas Ulrich médico que trabalha no departamento de doenças crónicas e promoção da Saúde, na OMS, diz que o futuro parece sombrio

“Com a população a envelhecer, exposta a grandes factores de risco como tabaco, esperamos que ao longo dos próximos 20 anos o número de casos de cancro duplique.”

Sabemos que a falta de exercício físico, a obesidade, o tabaco e o álcool são importantes factores de risco para o cancro. Pelo que estamos a prever nas áreas metropolitanas um grande aumento dos casos de cancro.

Para este médico cancro não tem que ser uma sentença de morte

Nota que as pessoas podem evitar até um-terço das mortes mudando o seu estilo de vida.

Como deixar de fumar, de beber, comer melhor e fazer exercício para evitar obesidade, são mudanças que podem salvar vidas.
Por outro lado, há cancros que são evitáveis por meio de vacinas.

Por exemplo com uma vacina pode-se evitar a Hepatite B, uma causa do cancro do fígado, e também se pode ser vacinado contra o vírus do papiloma humano – uma causa do cancro cervical nas mulheres.

Há também avanços registados na medicina que ajudam a detectar cancro nos seus estágios iniciais.

O médico da OMS acrescenta que há estratégias de baixo custo e eficazes que países com limitados recursos podem usar para detectar vários cancros, incluindo o cervical e o de mama.

O estudo da OMS conclui ainda que mais de metade dos países não possui um plano alargado de combate ao cancro.

Os governos destes países debatem-se com problemas para evitar o cancro, fornecer tratamento e cuidados aos doentes.

Respostas de 185 países revelam grande fosso no planeamento para controlo do cancro e nos serviços fornecidos.

O inquérito revelou que apenas 17 porcento dos países africanos e 27 porcento dos países de baixa renda tem planos de prevenção, detecção, tratamento e cuidados para os pacientes de cancro.

E nenhum tem um orçamento que apoie a implementação desses planos.