Funeral de líder secular assassinado traz às ruas da capital dezenas de milhar de pessoas
Na Tunisia voltaram a registar-se confrontos entre a polícia e manifestantes durante o funeral de uma líder secular da oposição assassinado esta semana.
Dezenas de milhar de pessoas saíram às ruas da capital tunisina para o funeral de Cholri Belaid assassinado a tiro esta semana quando saída de sua casa.
Registaram-se também confrontos no cemitério.
Os manifestantes cercaram o caixão do assassinado líder entoando slogans anti–islamitas.
As cenas que estão a ocorrer na Tunísia fazem lembrar aquelas registadas na revolução tunisiana há dois anos atrás.
Tal como então os dirigentes tunisinos cederam à fúria da população e anunciaram a dissolução do governo.
Falando á nação na Quarta feira á noite o primeiro ministro tunisino Hemadi Jebali disse ser sua intensão formar um governo de tecnocratas sem filiação política que ficaria no poder até á realização e eleições.
Mas horas depois o partido Ennahda que tem o poder rejeitou a dissolução do seu governo mas acrescentou estarem a realizar-se negociações para a formação de um novo governo.
Os protestos deram-se depois do assassinato de Chokri Belaid, um político da oposição e oponente dos islamitas moderados no poder e também do crescente poder de elementos islamitas da linha dura que os tunisinos conhecem como Salafistas.
Num entrevista pelo telefone a partir de Túnis, Selma Rekik, uma política da oposição do partido secular Nidaa Tounes especulou que o assassinato de Belaid tinha sido planeado durante muito tempo.
Rekik tisse que havia uma lista de figuras seculares a abater.
A família de Belaid culpou o Ennahdha pela sua morte, algo que o partido desmente categoricamente. Rekik disse que iria esperar pelos resultados de uma investigação
REKIK ACT IN FRENH FADE UNDER
Rekik disse que o governo tem que dissolver a chamada Liga para a Protecção da Revolução, um grupo semi-secreto de militantes pro Ennahdha que foram acusados de nos últimos meses levarem a acabo ataques contra grupos da oposição e sindicatos.
Falando de Túnis o director regional da organização de direitos humanos Human Rights Watch, Eric Goldstein, disse que a morte de Belaid deve ser o primeiro assassinato político na Tunísia no ultimo meio século. A sua organização quer também uma investigação completa ao assassinato e avisou que “uUm cenário argelino não pode ser posto de parte”.
“Por outras palavras: A Argélia nos anos de 1990 atravessou um período de extensa e dramática violência política. A Tunísia nunca teve isso, mas este assassinato é algo que nunga ninguém pensou que pudesse ocorrer. As pessoas estão muito perturbadas com isso,” disse
Por seu turno apolítica tunisina Selma Rkik disse que o pais esta hoje dividido entre muçulmanos e não muçulmanos e que nada é certo quanto ao futuro.
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Dezenas de milhar de pessoas saíram às ruas da capital tunisina para o funeral de Cholri Belaid assassinado a tiro esta semana quando saída de sua casa.
Registaram-se também confrontos no cemitério.
Os manifestantes cercaram o caixão do assassinado líder entoando slogans anti–islamitas.
As cenas que estão a ocorrer na Tunísia fazem lembrar aquelas registadas na revolução tunisiana há dois anos atrás.
Tal como então os dirigentes tunisinos cederam à fúria da população e anunciaram a dissolução do governo.
Falando á nação na Quarta feira á noite o primeiro ministro tunisino Hemadi Jebali disse ser sua intensão formar um governo de tecnocratas sem filiação política que ficaria no poder até á realização e eleições.
Mas horas depois o partido Ennahda que tem o poder rejeitou a dissolução do seu governo mas acrescentou estarem a realizar-se negociações para a formação de um novo governo.
Os protestos deram-se depois do assassinato de Chokri Belaid, um político da oposição e oponente dos islamitas moderados no poder e também do crescente poder de elementos islamitas da linha dura que os tunisinos conhecem como Salafistas.
Num entrevista pelo telefone a partir de Túnis, Selma Rekik, uma política da oposição do partido secular Nidaa Tounes especulou que o assassinato de Belaid tinha sido planeado durante muito tempo.
Rekik tisse que havia uma lista de figuras seculares a abater.
A família de Belaid culpou o Ennahdha pela sua morte, algo que o partido desmente categoricamente. Rekik disse que iria esperar pelos resultados de uma investigação
REKIK ACT IN FRENH FADE UNDER
Rekik disse que o governo tem que dissolver a chamada Liga para a Protecção da Revolução, um grupo semi-secreto de militantes pro Ennahdha que foram acusados de nos últimos meses levarem a acabo ataques contra grupos da oposição e sindicatos.
Falando de Túnis o director regional da organização de direitos humanos Human Rights Watch, Eric Goldstein, disse que a morte de Belaid deve ser o primeiro assassinato político na Tunísia no ultimo meio século. A sua organização quer também uma investigação completa ao assassinato e avisou que “uUm cenário argelino não pode ser posto de parte”.
“Por outras palavras: A Argélia nos anos de 1990 atravessou um período de extensa e dramática violência política. A Tunísia nunca teve isso, mas este assassinato é algo que nunga ninguém pensou que pudesse ocorrer. As pessoas estão muito perturbadas com isso,” disse
Por seu turno apolítica tunisina Selma Rkik disse que o pais esta hoje dividido entre muçulmanos e não muçulmanos e que nada é certo quanto ao futuro.