Direcção Nacional de Investigação Criminal vai investigar desaparecimento de Alves Kamulingue e Isaías Kassule. Jovens mantêm manifestação para sábado, para pressionar autoridades a revelar paradeiro dos desaparecidos.
LUANDA —
O ministro do Interior, Ângelo Tavares, recebeu quinta-feira, em Luanda, familiares dos manifestantes desaparecidos Alves Kamulingue e Isaías Kassule e uma delegação do Movimento dos Jovens Revolucionários.
Os jovens convocaram para este sábado (22 de Deze,bro) uma manifestação visando pressionar as autoridades a revelar o paradeiro de Kamulingue e Kassule, desaparecidos em Luanda durante uma manifestação no fim de semana de 27 de Maio.
Estiveram na reunião o irmão de Isaías Kassule (Veloso) o tio de Alves Kamulingue e, em representação dos jovens, Luaty Beirão, Carbono Casimiro, Mbanza Hamza e Nito Alves.
Juntaram-se à delegação oficial o Procurador-Geral adjunto, Arcanjo Custódio, o comandante geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos, o Director Nacional de Investigação Criminal (DNIC), Eugénio Pedro Alexandre, e o secretario do Estado para a Juventude Nhanga Assunção.
Ângelo Tavares Ministro do Interior disse no encontro que mesmo sem terem informação oficial por parte dos familiares dos desaparecidos, já várias diligências foram feitas pelas autoridades a nível das esquadras hospitais para os localizar.
Esta "é a primeira vez que temos uma informação oficial mas pela gravidade do assunto, já foram feitas algumas diligências em algumas esquadras, hospitais e com os dados que tínhamos eles não foram encontrados nestas unidades” disse o ministro.
No encontro foi decidido que as famílias fossem encaminhadas para a Direcção Nacional de Investigação Criminal para a recolha de dados e facilitar a investigação do desaparecimento.
Na ocasião Luaty Beirão um dos representantes do Movimento de Jovens Revolucionários disse estar descontente por não ter havido interesse das entidades em solicitarem ajuda mais cedo às famílias dos desaparecidos.
Estou “decepcionado quando nos dizem que não seguem a imprensa privada e não são obrigados a saber. Ninguém é. Portanto alegam isso para não terem conhecimento do caso” frisou Beirão.
“Sabendo que as pessoas não conseguem apresentar queixa nos órgãos devidos, ou das maneiras devidas, numa situação tão grave devia haver mais diligências. Dizem que fizeram diligências mas ninguém contactou os familiares; mas os jornalistas conseguiram” contactar os familiares, afirmou o Luaty Beirão, conhecido também como rapper Ikonoklasta.
O Procurador-Geral adjunto da República, Arcanjo Custódio, disse também não terem qualquer denúncia formal. Considerou "grave" a situação e prometeu uma rápida investigação.
"Para a Procuradoria-Geral da República é grave. Sem querer tecer mais considerações trata-se da perda de duas vidas, perda essa que não só afecta a família, e o grupo que está aqui diante de nós, como a sociedade em geral” disse.
Nito Alves, também do Movimento Revolucionário agradeceu pela iniciativa mas acredita que não será esclarecida a situação por isso irão mesmo partir para a manifestação do dia 22 de Dezembro caso não sejam informados sobre o verdadeiro paradeiro dos dois activistas desaparecidos.
"No mínimo foi tudo uma bajulação política, eles queriam penas conhecer quem são esses jovens. Esses dirigentes não vão resolver o problema”, disse Nito Alves.
Os jovens convocaram para este sábado (22 de Deze,bro) uma manifestação visando pressionar as autoridades a revelar o paradeiro de Kamulingue e Kassule, desaparecidos em Luanda durante uma manifestação no fim de semana de 27 de Maio.
Estiveram na reunião o irmão de Isaías Kassule (Veloso) o tio de Alves Kamulingue e, em representação dos jovens, Luaty Beirão, Carbono Casimiro, Mbanza Hamza e Nito Alves.
Juntaram-se à delegação oficial o Procurador-Geral adjunto, Arcanjo Custódio, o comandante geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos, o Director Nacional de Investigação Criminal (DNIC), Eugénio Pedro Alexandre, e o secretario do Estado para a Juventude Nhanga Assunção.
Ângelo Tavares Ministro do Interior disse no encontro que mesmo sem terem informação oficial por parte dos familiares dos desaparecidos, já várias diligências foram feitas pelas autoridades a nível das esquadras hospitais para os localizar.
Esta "é a primeira vez que temos uma informação oficial mas pela gravidade do assunto, já foram feitas algumas diligências em algumas esquadras, hospitais e com os dados que tínhamos eles não foram encontrados nestas unidades” disse o ministro.
No encontro foi decidido que as famílias fossem encaminhadas para a Direcção Nacional de Investigação Criminal para a recolha de dados e facilitar a investigação do desaparecimento.
Na ocasião Luaty Beirão um dos representantes do Movimento de Jovens Revolucionários disse estar descontente por não ter havido interesse das entidades em solicitarem ajuda mais cedo às famílias dos desaparecidos.
Estou “decepcionado quando nos dizem que não seguem a imprensa privada e não são obrigados a saber. Ninguém é. Portanto alegam isso para não terem conhecimento do caso” frisou Beirão.
“Sabendo que as pessoas não conseguem apresentar queixa nos órgãos devidos, ou das maneiras devidas, numa situação tão grave devia haver mais diligências. Dizem que fizeram diligências mas ninguém contactou os familiares; mas os jornalistas conseguiram” contactar os familiares, afirmou o Luaty Beirão, conhecido também como rapper Ikonoklasta.
O Procurador-Geral adjunto da República, Arcanjo Custódio, disse também não terem qualquer denúncia formal. Considerou "grave" a situação e prometeu uma rápida investigação.
"Para a Procuradoria-Geral da República é grave. Sem querer tecer mais considerações trata-se da perda de duas vidas, perda essa que não só afecta a família, e o grupo que está aqui diante de nós, como a sociedade em geral” disse.
Nito Alves, também do Movimento Revolucionário agradeceu pela iniciativa mas acredita que não será esclarecida a situação por isso irão mesmo partir para a manifestação do dia 22 de Dezembro caso não sejam informados sobre o verdadeiro paradeiro dos dois activistas desaparecidos.
"No mínimo foi tudo uma bajulação política, eles queriam penas conhecer quem são esses jovens. Esses dirigentes não vão resolver o problema”, disse Nito Alves.