O Presidente da Guiné-Bissau recusa felicitar o seu homólogo da Guiné-Conacri pela sua reeleição a 18 de outubro.
Esta posição aumenta mais a tensão entre os líderes dos dois países vizinhos.
Ao falar a jornalistas nesta segunda-feira, 9, no regresso da Mauritânia, Úmaro Sissoco Embaló, sustenta que "quando há perdas de vidas humanas é complicado, sobretudo com a revisão constitucional, que levou o país a um terceiro mandato".
"Não vou felicitá-lo. Não estou de acordo com a forma como ocorreram as eleições", precisou o Presidente, cujas relações com Condé detiorizaram-se com a realização das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, em que Condé teria supostamente apoiado Domingos Simões Pereira na primeira e na segunda voltas.
Por seu lado, Embaló assumiu também o seu apoio a Sellou Dallen Diallo, candidato opositor de Alpha Condé.
Úmaro Sissoco Embaló garante, contudo, que há [chefes de Estado da CEDEAO] "a seguir o desenrolar da situação pós-eleitoral na Guiné-Conacri" e que "existe um fórum próprio onde poderá ser analisada a situação na Guiné-Conacri, isto se houver motivos".
Na sua recente declaração de vitória, o reeleito Presidente Alpha Condé acusou alguns países de cumplicidade para "queimar a Guiné-Conacri" sem citar quais.