A África do Sul está parcialmente às escuras, com avarias de subestações, manutenção ineficiente e falta de carvão mineral de qualidade para a geração de electricidade.
Todos os dias, as restrições começam às 9 horas e duram até às 22 horas, afectando consumidores domésticos, negócios, trafego rodoviário e hospitais.
Consumidores domésticos, negócios, tráfego rodoviário e unidades sanitárias somam prejuízos.
O imigrante moçambicano Almao Elias tem duas mercearias com diversos produtos de consumo, incluindo serviço de take away na zona leste da capital, Pretória.
O negócio sofre com cortes de energia e para mantê-lo operacional, Elias teve que comprar gerador, à última hora.
“São enormes custos que não podem ser debitados na fatura do consumidor”,diz.
Chris é operador da industria farmacêutica e foi comprar geradores à ultima hora para manter as suas farmácias abertas porque não sabe ao certo quando vai terminar a crise de energia eléctrica.
“É verdade. A Eskom desliga a electricidade.Então, o que podemos fazer?”, pergunta.
Prejuízo para uns e oportunidade para outros.
Fornecedores de geradores estão a facturar desde o início de restrições de fornecimento de energia eléctrica. Na loja de geradores não há tempo para conversas banais.
A pressão é muito grande, clientes compram geradores em catadupa.
O segredo dos números é alma de negócio do vendedor.
“Muitos geradores estão a sair porque as pessoas estão preocupadas com a falta de electricidade... é por isso que estamos aqui para responder à procura”, diz Lee.
Economistas admitem que se não houver uma solução a curto prazo para o fornecimento normal de energia eléctrica, a economia sul-africana vai ter sérios problemas com impactos negativos para os países vizinhos, incluindo Moçambique, que já não pode amentar a quantidade de electricidade que vende ao país desde a década de 1970.
“Mesmo se Cahora Bassa aumentasse o fornecimento, não acho que seria suficiente para aliviar o problema na totalidade”, assegura o economista Azar Jammine.
A pior crise foi registada em 2008 e a África do Sul começou a construir grandes subsecções de geração de energia, mas o processo enfrenta problemas de fraca qualidade técnica e corrupção.
O mesmo aconteceu com o fornecimento de carvão à empresa estatal Eskom, situação que colocou o país em crise e parcialmente às escuras.