O vídeo que circula nos meios de comunicação social retrata alguns soldados a atirar um cadáver sobre uma pilha de escombros em chamas, onde pelo menos outro corpo já está espalhado.
Um soldado derrama um líquido sobre o corpo enquanto outros, incluindo um com um uniforme sul-africano, vêem e filmam a cena nos seus telemóveis.
Os detalhes do incidente não são ainda claros. A Força de Defesa Nacional Sul-africana (SANDF) disse que se acreditava ter tido lugar em Novembro em Moçambique.
Tropas sul-africanas foram destacadas para o norte de Moçambique sob os auspícios do bloco regional da SADC em 2021 para apoiar os militares moçambicanos na luta contra os militantes islamistas.
A SANDF emitiu uma declaração afirmando que o comandante das forças da SADC tinha ordenado uma investigação sobre um "acto desprezível" que tinha implicado "atirar corpos mortos".
O partido da oposição da Aliança Democrática (DA) da África do Sul descreveu o incidente como um "constrangimento" para o país.
Apelou ao governo para lançar a sua própria investigação para esclarecer, entre outras coisas, se os corpos pertenciam a civis ou a combatentes.
Mais de 4.500 pessoas foram mortas e quase um milhão foram forçadas a fugir das suas casas desde que militantes ligados ao Estado islâmico lançaram uma insurreição na província de Cabo Delgado, rica em gás, em Moçambique, em 2017.
O governo recuperou o controlo sobre grande parte da região desde o destacamento de milhares de tropas de países da SADC e do Ruanda.
Mas os ataques e incursões dos jihadistas continuam.
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