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África do Sul: Incêndios matam dois e deixam centenas de desalojados


(arquivo) Incêndio de Kranshoek, na província do Cabo Ocidental, matando várias pessoas, destruindo casas e obrigando à evacuação de cerca de 10 000 pessoas (Junho 2017)
(arquivo) Incêndio de Kranshoek, na província do Cabo Ocidental, matando várias pessoas, destruindo casas e obrigando à evacuação de cerca de 10 000 pessoas (Junho 2017)

A causa do incêndio está a ser investigada

Duas pessoas morreram e quase 2.000 ficaram desalojadas quando incêndios consumiram centenas de barracas em três incidentes distintos na Cidade do Cabo, na África do Sul, durante o fim-de-semana, informaram os serviços de emergência no domingo, 31 de Março.

Dois dos incêndios ocorreram no sábado à noite e um nas primeiras horas da manhã de domingo, segundo os serviços de emergência.

"Um homem e uma mulher adultos sofreram queimaduras fatais e foram declarados mortos pelos médicos" num dos aglomerados informais, disse o porta-voz dos bombeiros e das equipas de salvamento da Cidade do Cabo, Jermaine Carelse, em comunicado.

O maior incêndio, que ocorreu por volta das 2h30 de domingo, engoliu mais de 150 barracas, deixando mais de 1.000 pessoas desalojadas no assentamento de Mfuleni, cerca de 30 quilómetros a sudeste da Cidade do Cabo.

A causa do incêndio está a ser investigada, avançou Carelse.

Os incêndios em barracas são comuns na África do Sul e constituem uma ameaça constante para os residentes empobrecidos dos vastos aglomerados informais perto das principais cidades do país.

De acordo com o Ministério da Habitação, em 2022, 12,3% das pessoas viviam em barracas na África do Sul.

Trinta anos após o fim do apartheid, a propriedade da terra e a política de habitação continuam a ser questões muito disputadas na política do país e um dos principais pontos de discussão nas próximas eleições de 29 de maio.

A instituição de caridade muçulmana sul-africana Gift of the Givers disse à AFP que estava a levar ajuda humanitária aos sem-abrigo nos três locais, incluindo refeições quentes e água potável, bem como cobertores, colchões e produtos para bebés.

Algumas pessoas estavam a ser tratadas devido a ferimentos, enquanto uma continuava desaparecida, disse a instituição de caridade, acrescentando que estavam a ser organizadas salas comunitárias para alojar os desalojados.

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