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África do Sul: EFF ganha terreno nas eleições locais e ANC punido por falta de coesão ideológica


Julius Malema, líder do EFF (Lutadores pela Liberdade Económica)
Julius Malema, líder do EFF (Lutadores pela Liberdade Económica)

Dos 26.2 milhões de eleitores registados, 11.5 milhões votaram

Numa análise preliminar às eleições municipais da África do Sul, o especialista de relações internacionais Paulo Wache diz que o partido Economic Freedom Fighters (EFF), de Julius Malema, posiciona-se, como “maior vencedor”, por ter conseguido 10 por cento de votos, três por cento acima do que teve em 2016.

Esta ascensão do EFF, diz Wache, pode ter a ver com o posicionamento ideológico de Malema, com uma retórica "pan-africanista". A sua “agenda de recuperar a terra, devolver a terra aos negros”, ganha seguidores, diz Wache.

Este docente da Universidade Joaquim Chissano, em Maputo, considera que a queda do DA pode resultar do facto deste partido ser conotado com a população branca, e não necessariamente reflectir o seu desempenho.

E o ANC, diz Wache, “perdeu a ideologia (…) quando vais ao ANC não sabes o que vais defender”. Além disso, o partido foi beliscado pelos sucessivos escândalos de corrupção, incluindo os que envolvem o ex-presidente Jacob Zuma.

Na quarta-feira (3), com mais de 96 por cento de de votos contabilizados, o ANC, segundo a Comissão Independente de Eleições, tinha 46.06%; o DA, 21.25% e o EFF, 10.39%.

Dos 26.2 milhões de eleitores registados, 11.5 milhões votaram.

Acompanhe a análise de Paulo Wache:

África do Sul: EFF ganha terreno nas eleições locais; ANC punido por falta de coesão ideológica
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Paulo Mateus Wache é autor do livro "Política Externa de Moçambique para a África do Sul".

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