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Zika em Cabo Verde: Autoridades "atacam" mosquito


Cristina Fontes Lima, ministra-adjunta e da Saúde de Cabo Verde
Cristina Fontes Lima, ministra-adjunta e da Saúde de Cabo Verde

Ministra da Saúde garante informação transparente aos turistas e acompanhamento às grávidas infectadas.

Cabo Verde já registou mais de sete mil casos de zika desde Outubro, mas nas últimas quatro semanas verificou uma tendência decrescente.

De 400 a 500 casos por semana até Dezembro, nos últimos sete dias foram registados 83 novas infecções, sendo 60 na ilha do Fogo e apenas 23 em Santiago, mais precisamente na capital Praia, onde começou a doença.

A ministra-adjunta e da Saúde disse à VOA que dentro de pouco não haverá casos e garante que as autoridades estão a acompanhar as grávidas infectadas.

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As autoridades cabo-verdianas acreditam que o vírus zika foi importado e que foi depois transportado pelo mosquito que vive há anos no arquipélago.

Por isso, a ministra-adjunta e da Saúde Cristina Fontes Lima garante que o principal combate do seu Ministério é atacar o mosquito.

“Acreditamos que o vírus tenha vindo do Brasil ou do continente e foi transmitido pelo mosquito que temos aqui e é nele que temos enfocado a nossa acção”, explica Fontes Lima, garantindo que “temos feito um grande trabalho junto das populações para reduzir a população de mosquitos e os criadouros”.

Cristina Fontes Lima assegura que o foco principal da campanha “é agora a ilha do Fogo, mas o seu Ministério está a seguir 40 grávidas, cujos fetos, até agora, não revelaram qualquer caso de microcefalia ou outro distúrbio neurológico.

“A OMS tem sido prudente em estabelecer qualquer relação entre o vírus zika e doenças neurológicas e recomenda acompanhar as grávidas e é o que temos estado a fazer, mas até agora não temos nenhum caso, no entanto, continuaremos atentos”, adiantou aquela governante.

O turismo constitui a primeira fonte de receitas do país que acolhe anualmente mais de 600 mil visitantes.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos colocaram Cabo Verde na lista de alerta em virtude dos casos de zika existentes no arquipélago.

A VOA contactou duas agências na Nova Inglaterra que disseram não ter havido qualquer alteração na procura de Cabo Verde, tanto por americanos como pelos emigrantes que vivem nos Estados Unidos.

Cristina Fontes reconhece a ameaça, mas diz que o seu Governo tem estado a seguir todas as orientações da Organização Mundial da Saúde e que a principal arma é a informação transparente.

“Vamos continuar a informar com objectividade para que os turistas e os visitantes continuem a vir a Cabo Verde”, sublinhou a ministra que lembrou ter o país “um bom sistema de saúde que provou ter respondido sempre bem e rápido em situações de epidemia”.

Cristina Fontes Lima acredita que Cabo Verde poderão não ter mais casos de zika dentro de um mês.

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