A capital americana, Washington DC, prepara-se para receber neste sábado, 6, uma das maiores manifestações contra o racismo e a brutalidade policial, no 12o. dia de protestos em todo o país, após a morte do afro-americano George Floyd por um polícia branco em Mineapólis, no passado dia 25.
Nas redes sociais, ativistas pediram a presença de um milhão de pessoas.
"Temos muitas informações públicas que indicam que o evento deste sábado pode ser um dos maiores que já tivemos na cidade", revelou Peter Newsham, chefe da polícia de Washington DC, cujo trânsito foi suspenso desde as primeiras horas de hoje em várias artérias da cidade.
Apesar de menos violentas nos últimos dias, as manifestações têm aumentado em número de pessoas, na sua grande maioria jovens.
Na sexta-feira, marchas e manifestações aconteceram em Atlanta, Los Angeles, Mineápolis, Miami, Nova Iorque e Denver, entre outras grandes cidades, enquanto em Washington nem a forte chuva nem a enorme cerca colocada em frente à Casa Branca impediram os protestos que exigem mudanças na polícia e fim do racismo.
Carolina do Norte com bandeira a meia haste
O governador do Estado da Carolina do Norte, Roy Cooper, ordenou que todas as bandeiras nas instituições sejam colocadas a meia haste do nascer ao pôr-do-sol hoje em homenagem a Floyd, que era natural da cidade de Fayetteville e onde será realizada uma cerimónia fúnebre.
Em Denver, capital do Estado de Colorado, um juiz federal ordenou que a polícia da cidade parasse de usar gás lacrimogéneo, balas de plástico e outros dispositivos "menos letais", como granadas instantâneas, ao apontar os casos de manifestantes pacíficos e jornalistas feridos pelos agentes da corpoeração.
"Estes são manifestantes pacíficos, jornalistas e médicos que foram alvo de táticas extremas destinadas a reprimir tumultos, não a reprimir manifestações", escreveu o juiz R. Brooke Jackson na decisão.
Largo Black Lives Matters
Em Mineápolis, os líderes democratas votaram pelo fim do uso de restrições de joelho e estrangulamentos, em que a pressão é aplicada no pescoço, enquanto o governador da Califórnia, Gavin Newsom, disse que vai acabar coim o treino de táticas semelhantes à usada pela polícia contra Floyd.
Ainda na capital, Washington, a presidente do município, Muriel Bowser, batizou na sexta-feira o largo em frente à Casa Branca, onde a polícia reprimiu manifestantes pacíficos para que o Presidente Donald Trump fosse a uma igreja tirar uma foto, com o nome de Black Lives Matters (Vidas Negras Importam), e pintou com letras garrafais uma rua com as iniciais do movimento BLM.
Manifestações são esperadas também em várias cidades do mundo.