As viúvas e órfãos do que chamam de “chacina de 5 de Janeiro de 199” pediram ao Governo de Angola um funeral condigno dos seus entes queridos, disse à VOA o secretário provincial da UNITA para Mobilização Urbana, José Gavino.
Para marcar a efeméride, amanhã, 5, centenas de familiares e amigos vão depositar, logo pela manhã, flores nas valas comuns no Cemitério Municipal do Calumbilo em homenagem aos que morreram.
Actividade semelhante será de seguida realizada no Município do Tombwa, onde há 24 anos centenas de angolanos que falavam uma língua diferente da do MPLA foram sacrificados num contentor.
Algumas viúvas e órfãos contactados pela VOA negaram falar.
O número estimado de pessoas assassinadas porsupostos ciúmes políticos é de 600 pessoas.
Além de militantes da UNITA, morreram pessoas sem qualquer ligação partidária.
Alguns juízes, pastores e militantes do MPLA de origem umbundo não escaparam da fúria do dia 5 de Janeiro, considerado pelos sobreviventes como sendo o dia dos mártires da repressão marxista em Angola.