Por João Marcos
Cinco dias após a tragédia do Lobito, Benguela, que se salda em mais de 70 mortos, há ainda muita gente a viver em casas destruídas e sem os bens de primeira necessidade.
O Governo central disponibilizou um milhão de Kwanzas, paralelamente ao apoio que resulta da mobilização da sociedade civil, mas os sinistrados dizem que a logística tarda em responder.
Muitos disseram que até agora receberam apenas uma sopa e um paõ
O local para o reassentamento das centenas de famílias desalojadas constitui a incerteza do momento.
Mesmo entre os sobreviventes, há quem se mantenha nas chamadas áreas de risco, zona alta da cidade do Lobito, onde se encontram os bairros arrasados pelas chuvas.
Este é um dos indicadores de que o apoio ainda não começou a chegar aos sinistrados. Pedem-se comida, roupa e solicita-se um local seguro para tanta gente sem abrigo.
A estas queixa-se junta-se o medo de quem sobreviveu, mas que vai rezando para não mais voltar a chover, pelo menos até ao prometido realojamento.
O Governo de Benguela começou a definir áreas para a construção de casas seguras e com comodidade, processo que deve levar algum tempo.