A visita do Papa Francisco a Moçambique, de 4 a 6 deste mês, está a ofuscar a campanha para as eleições de 15 de Outubro, iniciada último sábado.
A visita está a contribuir também para o reforço das relações inter-religiosas, que em alguns casos não eram boas.
"Nem parece que estamos em campanha eleitoral; as pessoas estão mais preocupadas com a visita do Papa do que com a campanha", disse Laura Lobato, crente da igreja Testemunhas de Jeová, em Maputo, realçando que "talvez a situação mude depois da visita papal".
A mesma opinião tem Salvador Uamusse, da igreja Zione, afirmando que a intensa movimentação das pessoas em torno desta visita, significa que elas "acreditam no poder espiritual que o Papa traz para Moçambique".
"Você sabe que tem havido desentendimentos entre igrejas neste país, mas neste momento, eu não sei quem é crente da igreja Universal do Reino de Deus, da Assembleia de Deus ou da Metodista Unida; todos nós estamos sintonizados com a visita papal", realçou Dany Ibrahimo, do Conselho Islâmico.
"Uma das coisas que esta visita vai trazer para nós, é fazer renascer em nós, o fio de esperança que perdemos como moçambicanos, fazer renascer o fio de partilha e a solidariedade como um único povo, porque às vezes nos deixamos levar pelas fronteiras étnicas, linguísticas e provincialistas", afirmou Nelson Moda, da Comunidade de Santo Egídio.
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