O Presidente do Ruanda Paul Kagame esteve em Maputo nesta sexta-feira, 28, para uma “visita de trabalho” em que analistas moçambicanos dizem terem sido discutidos o crescente envolvimento ecomomico e politico do Ruanda no país
O Ruanda colocou no norte de Moçambique um contingente militar de cerca de 2000 homens, que juntamente com as tropas moçambicanas e da SADC combatem o terrorismo em Cabo Delgado.
O Presidente moçambicano diz que o Ruanda não pediu contrapartidas para o seu envolvimento no combate à insurgência, mas para o analista político, João Mosca, isso não corresponde à verdade, sublinhando a “abertura de muitos negócios em Moçambique".
"O senhor Kagamé já pode vir a Moçambique buscar os seus opositores sem qualquer problema; certas zonas do agro-negócio e do turismo estão abertas para os ruandeses", enfatizoa aqauele economista para quem interesses da França na região estão também a ser protegidos através da intervenção do Ruanda
Em Moçambique encontram-se refugiados cidadãos ruandeses e alguns desapareceram em circinstâncias ainda não esclarecidas, havendo quem não veja com bons olhos esta deslocação de Paul Kagamé a Maputo, já que o estadista ruandês tem sido acusado de não respeitar os direitos humanos dos seus opositores políticos.
O analista político Fernando Lima, critica esta questão de violação dos direitos humanos, mas afirma que do ponto de vista interno, ou seja de Moçambique, a visita de Kagamé faz sentido, "porque há um progresso assinalável nas operações militares em Cabo Delgado”.
“Isso só foi possível graças a uma contribuição vital das forças ruandesas", conclui.
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