Analistas em Luanda analisam a visita de três dias de Joe Biden e os benefícios do corredor do Lobito. Para falar sobre o assunto, ouvimos Bernardino Neto, especialista de relações, os economistas Carlos Rosado de Carvalho e Valdemar Correia.
A visita de três dias a Angola do Presidente dos Estados Unidos, para além de histórica, é considerada por diversos analistas, como sendo uma investida de Joe Biden a pensar na competição com a China.
Na sua primeira visita oficial a um país africano no seu mandato, Joe Biden tornou-se no primeiro chefe de Estado norte-americano a visitar oficialmente Angola, naquilo que é também apelidada como uma prenda antecipada pelos 50 anos de independência, que se assinalam em 2025.
A Casa Branca sublinha que esta visita destaca o papel de Angola como um líder regional e celebra a transformação na relação bilateral, agora marcada por uma cooperação estratégica em várias frentes.
Durante a sua primeira intervenção na reunião bilateral, o Presidente norte-americano, disse que o futuro do mundo está em Angola e em África e que os Estados Unidos estão totalmente com este continente.
Joe Biden abordou os investimentos norte-americanos em Angola, desde o corredor do Lobito aos projetos de energia solar e infraestruturas de internet e telecomunicações. Revelou que os Estados Unidos já investiram em Angola mais de três milhares de milhões de dólares até à presente data.
Por sua vez, o Presidente João Lourenço reafirmou o empenho do seu homólogo americano para os investimentos no Corredor do Lobito e nas energias renováveis para a segurança alimentar.
João Lourenço renovou o desejo de trabalhar juntos na atração do investimento directo americano para Angola, na abertura de oportunidades de comércio e de negócios de investidores angolanos no mercado americano.
Para o especialista de relações internacionais, Bernardino Neto esta visita representa, acima de tudo, um ganho diplomático em duas dimensões para o governo angolano.
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