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Violência regressa às ruas de Louisville depois da justiça não acusar polícias na morte de Breonna Taylor

Violência regressa às ruas de Louisville depois da justiça não acusar polícias na morte de Breonna Taylor


Polícia e manifestantes enfrentam-se em Louisville
Polícia e manifestantes enfrentam-se em Louisville

Mais uma noite violenta na cidade americana de Louisville, no Estado de Kentucky, com dezenas pessoas detidas e dois polícias baleados, depois de um um juri não ter considerado culpado a nenhum dos quatro agentes envolvidos na morte da enfermeira afro-americana Breona Taylor, a 13 de março.

Horas depois da decisão do juri, milhares de pessoas saíram às ruas daquela cidade e já no final da tarde muitas pessoas já tinham sido detidos.

A câmara municipal decretou estado de emergência e um toque de recolher a partir das 21h locais.

O juri não considerou culpado a nenhum dos quatro polícias que entraram no apartamento da enfermeira e dispararam contra ela numa operação de busca de drogas, embora não tenha sido encontrada qualquer substância.

De acordo com a decisão judicial, apenas o agente Brett Hankison foi considerado culpado por disparar para a vizinhança e agir com indiferença e pode apanhar até 15 anos de prisão.

O advogado da família de Taylor, Ben Crump, classificou a decisão de "revoltante e ofensiva".

Hankinson já tinha sido demitido da polícia em 23 de junho por, segundo o chefe da corporação, Robert Schroeder, ter violado procedimentos ao mostrar "extrema indiferença ao valor da vida humana", embora nenhum tenha sido dirigido ou atingido Taylor.

Tiros

A justiça considerou que os tiros que mataram a enfermeira foram em legítima defesa, em resposta a disparos do namorado de Taylor que, por sua vez, atirou depois dela ter sido atingida.

Os polícias, que não tinham a câmera ativada, segundo o namorado de Breonna,confundiu os agentes com ladrões, embora eles tenham dito que anunciaram a sua presença antes de entrar no apartamento.

Defesa diz que é um escândalo

O advogado da família Taylor, Ben Crup, afirmou estar indignado e que "isto é escandaloso e ofensivo!".

“É uma negação grosseira de justiça", reagiu, por seu lado, a Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP), enquanto a influente organização de direitos civis ACLU denunciou "forças da segurança e uma justiça criminal podres por dentro".

Breonna Taylor é uma bandeira, juntamente com George Floyd, assassinado em maio, do movimento Black Lives Matter, que levou às ruas dos Estados Unidos e de vários outros países milhares de pessoas em protesto contra o racismo e a violência policial.

No campo cível, a cidade de Louisville concordou em pagar 12 milhões de dólares à família da enfermeira, num acordo que impõe mudanças na polícia para evitar mais mortes do género.

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