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Violações policiais aumentam no Brasil, diz Human Rights Watch


Rebeliões deixam dezenas de presos mortos
Rebeliões deixam dezenas de presos mortos

Relatório da organização de defesa dos direitos humanos divulgado hoje.

O aumento das execuções extrajudiciais cometidas pela polícia no Brasil alimentam os altos níveis de violência no país, que também deve resolver com urgência a grave crise nas prisões,denunciou nesta quinta-feira, 12, a Human Rights Watch (HRW).

"Os abusos cometidos pela polícia, incluindo execuções extrajudiciais, contribuem para um ciclo de violência em áreas de alta criminalidade, enfraquecendo a segurança pública e pondo em risco a vida dos agentes", enfatiza a organização de defesa dos direitos humanos no capítulo dedicado ao Brasil no relatório de 2017 divulgado hoje.

A polícia brasileira matou 3.345 pessoas em 2015, o que implica um aumento de 6 por cento em relação a 2014 e 52 por cento frente a 2013, sem que muitas dessas mortes sejam justificadas por um uso legítimo da força, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública utilizados pela HRW.

Situação das cadeias é explosiva, diz HRW
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A organização mostrou-se preocupada com a violência nas prisões, uma semana depois do assassinato de dezenas de detidos no norte do país por uma guerra violenta entre facções que disputam o tráfico de drogas.

"As condições desumanas nas prisões brasileiras são um problema", declarou a HRW, assegurando que a superpopulação das prisões é de 67 por cento e que a falta de agentes e técnicos penitenciários tornam "impossível" que o Estado mantenha um controlo.

A HRW reconhece alguns esforços do Brasil para resolver problemas "crónicos" de direitos humanos, como um programa do Poder Judiciário para que os presos detidos em flagrante tenham uma audiência com o juiz e não fiquem presos sem julgamento por longo tempo.

Aquela organização alertou para outras iniciativas, como a aprovação, por parte do Congresso, de uma proposta de combate ao terrorismo, "cuja linguagem ampla e genérica pode ser usada para restringir a liberdade de associação" no país.

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