Uma vigília com representantes de organizações da sociedade civil e personalidades guineenses realizada na noite desta quarta-feira, 3, em Bissau chamou a atenção para o aumento de casos de feminicídio no país e serviu de mote para pedir medidas contra o fenómeno.
No evento, os presentes que estavam trajados com roupas pretas e empunhando velas, respeitaram cinco minutos de silêncio em memória das vítimas desse tipo de crime.
A vigília teve por lema “Cinco minutos de silêncio, em homenagem às duas mulheres barbaramente assassinadas na região de Gabú”.
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), um dos organizadores da vigília, que juntou cerca de três dezenas de pessoas em frente à Casa dos Direitos, pediu a urgente introdução do crime de feminicídio no Código Penal.
“Só em 2022 cinco mulheres foram barbaramente assassinadas na Guiné-Bissau sem que os autores tenham sido julgados", disse Bubacar Turé.
No evento, foi enfatizado o fato de, em duas semanas, duas mulheres nas comunidades rurais de Gabú, terem sido barbaramente assinadas, uma a tiro e outro a facada, ambos pelos maridos.
Turé sublinhou que este duplo crime odioso num horizonte temporal de apenas duas semanas constitui um sinal preocupante e sobretudo revela o crescimento do nível do feminicídio" no país.
Outra interveniente foi a antiga ministra da Saúde, Magda Robalo quem destacou que "dantes aleijava-se a mulher sem que nada acontecesse, agora mata-se".
Robalo apelou as autoridades para trabalharem na prevenção deste crime de ódio baseado no género.
Fórum