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Vice-líder da seita A Luz do Mundo condenado a 18 anos de prisão


Membros da seita no Tribunal Provincial do Huambo
Membros da seita no Tribunal Provincial do Huambo

Justino Tchipango respondeu por homocídio qualificado de nove polícias em Abril de 2015

O vice-líder da seita religiosa Adventista do Sétimo Dia A Luz do Mundo, Justino Tchipango, foi condenado nesta terça-feira, 24, a 18 anos de prisão, pelo seu envolvimento na morte de nove polícias em Abril de 2015.

A sentença foi lida hoje pelo juiz do Tribunal Provincial do Huambo, que justificou a decisão com o facto dele ter sido co-autor dos nove crimes de homicídio qualificado, sob forma frustrada, um crime de resistência e por último de dano material não previsto especificamente.

De 32 anos de idade, Justino Tchipango foi detido apenas em Outubro de 2017.

A pena estabelece ainda o pagamento de 50 mil kwanzas (cerca de 190 dólaress) de taxa de justiça, 5.000 kwanzas (19 euros) de emolumentos ao defensor oficioso, dois milhões de kwanzas (8 mil euros) correspondentes à sua quota parte na responsabilidade civil solidária com os demais co-autores dos factos, que deram causa equivalente a 200 mil kwanzas para cada um dos familiares das vítimas.

O advogado de defesa, Paulo Sankanjila, diz ter ficado parcialmente satisfeito com a sentença.

Recorde-se que o líder da seita, José Julino Kalupeteka, foi condenado a 28 anos de cadeia, bem como nove outros seguidos a penas superiores a 16 anos de prisão.

Em Abril de 2015, nove polícias foram mortos alegadamente por seguidores da seita quando foram ao monte Sumi, no Huambo, prender o líder Kalupeteca, mas tanto a oposição como activistas de direitos humanos acusaram o Governo de matar centenas de pessoas.

O Executivo recusou uma investigação das Nações Unidas sobre o incidente.

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