As bancadas da oposição no parlamento moçambicano reiteraram, nesta quinta-feira, 06 de Outubro, que a via armada não deve ser a única a pôr fim às acções terroristas, em Cabo Delgado, no norte do país.
A Renamo e o MDM, elegeram o diálogo como um dos caminhos para o fim do terrorismo, enquanto a Frelimo apelou aos jovens para que não se deixem levar e aceitem ser aliciadas para engrossar as fileiras dos malfeitores.
Estas posições foram apresentadas por ocasião da abertura da VI Sessão da Assembleia da República, que tem agendadas 30 matérias, com destaque para a Tabela Salarial Única.
Para o chefe da bancada do Movimento Democrático de Moçambique, Lutero Simango, a solução militar não é a mais eficaz para o combate do terrorismo.
Tapar o sol com a peneira
“Soluções militares para problemas domésticos, ignorando as causas e motivações dos mesmos é simplesmente tapar o sol com a peneira. Os problemas são resolvidos com engajamento das partes, por isso a cultura do diálogo e tolerância e a forma de ser, é a única forma de resolver as nossas diferenças”, disse Simango.
Viana Magalhães, chefe da bancada parlamentar da Renamo, apontou também o diálogo como uma das vias para acabar com o terrorismo.
“É preciso associar a via do diálogo; é necessário melhorar as condições sociais das populações sem emprego, água, saúde, educação (...) não há luta que vença sem apoio popular - neste caso, com a guerra já no seu quinto ano, significa que os terroristas têm simpatizantes”, referiu Magalhães.
A Frelimo apelou aos jovens para que não se deixem levar e não aceitem ser aliciados para engrossar as fileiras dos terroristas, segundo Sérgio Pantie, chefe da bancada.
“Queremos renovar o nosso apelo às populações de todo país, com particular enfoque aos jovens a manterem-se vigilantes e a prestarem atenção a todos movimentos feitos nos seus bairros, denunciando imediatamente as autoridades”, disse Pantie.
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