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Venâncio Mondlane separa-se do PODEMOS que acusa de "vender a luta do povo"


Venâncio Mondlane, candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS, Moçambique
Venâncio Mondlane, candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS, Moçambique

Comunicado de imprensa assinado pelo assessor do antigo candidato presidencial oficializa fim do Acordo Coligatório

A relação entre o antigo candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane e partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) chegou ao fim com a equipa de Mondlane a acusar o partido de "vender a luta do povo".

Num comunicado de imprensa publicado na página do antigo candidato presidencial no Facebook nesta terça-feira, 4, o "Gabinete do Presidente Eleito pelo Povo anuncia o fim do Acordo Coligatório com o PODEMOS, assinado a 21 de agosto de 2024.

Contactado pela Voz da América, o assessor de Mondlane, Diniz Tivane, que assina o comunicado, confirmou a decisão mas recusou gravar entrevista.

"Agindo de má-fé e posto a circular um acordo, manifestamente falsificado, onde a marca dominante é agraciar o nosso movimento com uma percentagem de 5%, o partido PODEMOS recusou-se a cumprir o Acordo Coligatário assinado a 21 de agosto de 2024, em Manhiça", lê-se na nota, acrescentado que "viu-se logo que o partido PODEMOS não vale o papel que ele próprio assinou".

"Como, para nós, nem tudo na vida é dinheiro e posições, em respeito à dor de milhares de moçambicanos que pagaram com seu sangue, membros mutilados, sequestros, execuções sumárias e extrajudiciais ou ainda privação de liberdade, renunciamos [a] todos os direitos e prerrogativas a favor do partido PODEMOS", diz o comunicado que acusa o partido de "vender a luta do povo".

O Gabinete acusa o PODEMOS de "contra a vontade do povo e de forma madrugadora" ter corrido "para tomar posse na Assembleia da República".

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"Urge clarificar que a nossa luta política é, fundamentalmente, pela salvação de Moçambique, não estando em causa o alcance obsessivo de bens materiais ou qualquer vantagem financeira com base no martírio do povo", continua o documento, que acusa aquele partido de ser embalado um "suposto diálogo onde até aqui se desconhece a quem vai beneficiar, ou será, como sempre, as elites políticas a distribuírem, entre si, mordomias, benesses e privilégios infindáveis".

A nota assinada por Tivane sublinha que "está em marcha a velha tática de acomodação sob a máscara de 'inclusão'".

A Voz da América está a tentar uma reação do PODEMOS.

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