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Venâncio Mondlane assegura presença no protesto em Maputo


Manifestantes seguram uma cruz com a bandeira do partido Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) enquanto protestam no bairro de Hulene, em Maputo, a 31 de outubro de 2024, durante o primeiro dia da greve nacional convocada pela oposição moçambicana.
Manifestantes seguram uma cruz com a bandeira do partido Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) enquanto protestam no bairro de Hulene, em Maputo, a 31 de outubro de 2024, durante o primeiro dia da greve nacional convocada pela oposição moçambicana.

O candidato presidencial prometeu que, caso seja eleito, criar uma lei de amnistia para os crimes económicos e financeiros que possam ter sido cometidos contra o Estado.

O candidato independente moçambicano, apoiado pelo Podemos, Venâncio Mondlane, confirmou que estará em Maputo durante a marcha da próxima quinta-feira, dia 7 de novembro.

Num vídeo publicado na rede social Facebook, Mondlane disse estar pronto para qualquer cenário. "No dia 7 de novembro se me balearem, me envenenarem estou disponível para levar esta missão avante”, atestou o candidato político. "seja como for, se houver eliminação física de Venâncio quando eu chegar ai em Maputo, vocês sabem o que fazer”, apelando aos seus seguidores para continuarem a luta.

O político, que se encontra em parte incerta por motivos de segurança, apelou à polícia que não use armas contra manifestantes pacíficos, recordando que os protestos são um direito constitucional. "Então, ninguém deve balear a ninguém”, afirmou. "É um direito fundamental manifestar quando outros direitos fundamentais são violados."

Confrontos entre os manifestantes e a polícia têm sido registados nos últimos dias, com os agentes a lançar gás lacrimogéneo contra os apoiantes do candidato apoiado pelo partido Podemos. Mais de 10 pessoas perderam a vida e várias ficaram feridas durante os confrontos, de acordo com a Humans Right Watch.

PRM e PODEMOS apelam a manifestações pacíficas em Moçambique
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Venâncio Mondlane acusou o governo de limitar os direitos dos cidadãos, nomeadamente, no que diz respeito ao corte da internet, que se tem verificado durante os protestos. "Isso é um crime de limitar os direitos fundamentais."

Entre as várias promessas manifestadas no longo vídeo publicado o candidato presidencial prometeu que, caso seja eleito, criar uma lei de amnistia para os crimes económicos e financeiros que possam ter sido cometidos contra o Estado, assegurando que não quer "perseguir ou meter na cadeia ninguém”.

"Aqueles que roubaram ao Estado e ao povo vão ter um período para devolver o que roubaram e ficam amnistiados”, afirmou.

Mondlane agradeceu ainda o apoio recebido por parte de angolanos, pronunciando um interesse em apoiar o povo angolano, que vota em 2027, "a ter eleições justas, livres e transparentes”. "Tudo que for necessário para quebrar o ciclo de roubo de votos em Angola, nós moçambicanos estaremos disponíveis para ajudar”, assegurou.

Mondlane pede aos seus apoiantes para "acelerar a marcha" durante este fim-de-semana no país em direção a Maputo. Segundo Mondlane a manifestação em Maputo decorrerá nas principais avenidas da capital moçambicana, nomeadamente na Avenida Eduardo Mondlane, 25 de setembro, Julius Nyerere e 24 de julho.

O Conselho Constitucional de Moçambique pediu, no passado dia 30, à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para apresentar actas e editais de mesas dos apuramentos parciais e intermédios relativamente a sete províncias.

O despacho do órgão judicial pede as actas e editais da Cidade de Maputo, da províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Tete, Zambézia e Nampula.

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