O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assegurou ter frustrado na madrugada de domingo, 6 de Agosto, uma incursão "terrorista" de um grupo de civis e um oficial desertor que, camuflados, invadiram o forte Paramacay e dirigiram-se ao parque de armas, de onde retiraram material bélico.
Segundo o próprio Presidente venezuelano, dois atacantes morreram, oito foram detidos, acrescentando que no destacamento houve combates durante umas três horas, após os quais os militares acossaram os restantes atacantes, que são agora procurados.
"Eu estive à frente da direcção como comandante-em-chefe" da Força Armada, afirmou o Presidente no seu programa semanal de televisão.
Entre os capturados estaria um tenente, desertor há vários meses, e que está a "colaborar activamente". Os demais são civis, acrescentou o Presidente, que ordenou o reforço da segurança e da Inteligência em todas as unidades militares.
"Há uma semana os vencemos com votos e hoje tivemos que vencer o terrorismo com balas", disse Maduro, em alusão às eleições de sua toda-poderosa Assembleia Constituinte.
No domingo, 30 de Julho, a Venezuela foi a votos para a Assembleia Cosntituinte, uma proposta de Maduro, com o objectivo de mudar a Constituição do país. Naquele domingo e nos dias anteriores à eleição, partidos, movimentos e cidadãos que se opõem a Nicolás Maduro invadiram as ruas e protestaram contra o Presidente, protestos esses marcados por muita violência e a lamentar vítimas mortais.