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Venâncio Mondlane quer uma nova bandeira e uma nova constituição em Moçambique


Eleições Moçambique. Fotografia de arquivo.
Eleições Moçambique. Fotografia de arquivo.

Mondlane anuncia ainda eleições para dias 6 e 7 de janeiro para o povo eleger "os seus titulares".

O candidato presidencial que lidera a maior contestação aos resultados eleitorais em Moçambique desde as primeiras eleições no país, Venâncio Mondlane, quer uma nova constituição. "Vamos apresentar um projeto de revisão da constituição da república no dia 15 de janeiro", adiantou, sem avançar que mudanças seriam realizadas.

Num vídeo publicado na rede social Facebook o candidato presidencial moçambicano apoiado pelo partido Podemos anunciou ainda que em 2025 quer "uma nova bandeira" até 10 de janeiro, onde o símbolo da arma seja retirado.

"A bandeira representa o espírito do povo. A bandeira representa a personalidade de um Estado, de um povo. Se há arma a nossa mentalidade também está armada.", afirmou.

Mondlane insiste não reconhecer a decisão do Conselho Constitucional, que apresentou a Frelimo como a vencedora das eleições de outubro.

"Como já dissemos no próximo dia 15 de janeiro vamos tomar posse. Vão tomar posse os governadores provinciais, vão tomar posse os admistradores distritais, vão tomar posse também os chefes dos postos administrativos, os chefes das localidades e os chefes dos quarteirões das zonas. "

Para tal o político insta que nos dias 6 e 7 os cidadãos elejam "os seus titulares", através de uma eleição presencial, "formando filas", explica Venâncio Mondlane. "Esses é que vão ser os verdadeiros eleitos pelo povo."

Mondlane quer implementar algumas medidas, manter as portagens de acesso livre até 15 de janeiro, água potável gratuita, e que seja interdita a exploração da madeira e restantes recursos naturais.

Mondlane acusa a Frelimo de ser responsável pela morte e sequestro dos vários manifestantes que têm protestado nas ruas de Moçambique o resultado eleitoral. O candidato presidencial incrimina o partido de "linchamento".

A fim de cobrir os danos provocados pelos protestos em infraestruturas privadas, Mondlane avançou que o Estado vai abrir um fundo de garantia bancária "para financiar a revitalização de todos os negócios que foram prejudicados". "Temos dinheiro para isso", assegura.

Venâncio termina dizendo que segunda-feira, 30, vai anunciar a "fase ponta de lança", onde poderá anunciar cinco dias de tolerância para que, segundo o candidato, as organizações não governamentais possam realizar investigações sobre a morte dos manifestantes.

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