Inicia hoje no Vaticano o julgamento de cinco indivíduos acusados de divulgar documentos confidenciais sobre a gestão de fundos e gastos excessivos na Santa Sé.
A AFP reporta que entre os julgados figuram dois jornalistas italianos e um padre espanhol.
Trata-se dos jornalistas Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi,que lançaram este mês livros sobre a corrupção na Cúria Romana. Ambos são acusados de divulgação ilícita de documentos confidenciais.
Segundo a AFP, trata-se da primeira vez que o menor Estado do mundo processa dois jornalistas, o que foi classificado pela imprensa italiana como uma "nova Inquisição".
Vão também a julgamento o padre espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda, de 54 anos, a consultora italiana Francesca Immacolata Chaouqui, de 34 anos, e um colaborador de Vallejo, Nicola Maio, de 37 anos, acusados de divulgar notícias e documentos contra os interesses do Vaticano.
Divulgar documentos reservados é "contra a segurança do Estado", e é um delito introduzido pelo papa Francisco em Julho de 2013. As penas variam de quatro a oito anos de prisão.