Solucionado o problema de água para o Cavaco, ainda que parcialmente, agricultores daquele conhecido vale agrícola de Benguela queixam-se de falta de energia eléctrica.
Há mais de vinte anos que se fala de um projecto de electrificação, mas a verdade é que tudo não passa de intenções e quem se encontra no vale que um dia forneceu banana à Europa, nos últimos tempos dilacerado por construções de casas e armazéns, diz que a falta de electricidade aumenta os custos de produção.
Detentor de 53 hectares, António Figueiredo, produtor de tomate, cebola e melão, é um dos cento e quarenta agricultores controlados pelo Gabinete de Aproveitamento do Cavaco.
Figueiredo disse que a falta de electricidade é algo que faz aumentar enormemente os seus custos de produção.
“Eu, por exemplo, trabalho só com electrobomba e gerador, pelo que gasto uma fortuna comprando combustíveis, e estão caros, não há subvenção’’, conta o agricultor.
Agora com pouco mais de 3.500 hectares agricultáveis, contra os quase seis mil de outrora, o Cavaco limita-se a ver passar projectos de electrificação.
Um deles, avaliado em 90 milhões de dólares, vai levar energia ao Pólo Industrial da Catumbela, implantado após o ano de 2002, quando produtores do Cavaco clamavam já por electricidade.