O ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, disse na segunda-feira, 16 de Dezembro, em Washington DC, que a data de 1619 vai passar a ser celebrada anualmente em Angola.
O ministro falava num evento em homenagem “à resiliência” dos primeiros africanos escravizados que chegaram aquilo que hoje são os Estados Unidos, em Agosto de 1619.
Este ano, os Estados Unidos celebraram os 400 anos da chegada desses africanos que vinham do Reino do Ndongo, na região que hoje conhecemos como Angola.
O evento organizado pela embaixada de Angola nos Estados Unidos, foi realizado no Museu de Arte Africana do Smithsonian e contou não só com a presença do ministro Manuel Augusto, como também com a presença da ministra da Cultura, Maria da Piedade de Jesus, do embaixador de Angola Joaquim do Espírito Santo e da embaixadora dos Estados Unidos em Angola, Nina Fite.
Entre os convidados de honra estava a família Tucker – uma família de africano-americanos que descobriu ser descendente dos primeiros angolanos escravizados a chegar aos Estados Unidos.
Manuel Augusto convidou também os americanos e em especial o presidente da Câmara de Hampton (Virgínia), Donnie Tuck, presente no evento, que se celebre em simultâneo todos os anos a data de Agosto de 1619.
O ministro das Relações Exteriores deixou no ar a sugestão de geminação de cidades, uma ideia que se enquadra na parceria estratégica entre os Estados Unidos e Angola.
A parte cultural da celebração foi brindada com uma actuação do ballet tradicional de Angola, Batoto Yetu.