Os deslocados de guerra de Cabo Delgado, em Nampula, anseiam um futuro melhor na nova zona de reassentamento, posto administrativo de Corrane, distrito de Meconta, em Nampula.
A maioria são crianças e mulheres que já presenciaram cenas de decapitação e sequestro de seus familiares, lembranças difíceis de apagar na memória.
Lenita Licole, natural de Macomia, 35 anos de idade, mãe de cinco filhos, é uma das 35 mil pessoas que fugiram dos insurgentes em Cabo Delgado. Perdeu tudo.
Nesta quarta-feira, 4, Linita foi reassentada em Corrane e, tal como outros, pretende reiniciar a vida.
As autoridades governamentais colocaram no centro mais de 250 tendas, mas dizem que pretendem duplicar, uma vez que o número de deslocados aumenta a cada dia.
Mety Gôndola, secretário de Estado na província de Nampula, diz que no centro há assistência sanitária, posto policial e outos serviços.
Mas “devemos ficar atentos ao recrudescimento do trabalho infantil, prostituição infantil, violência baseada no gênero e casamentos prematuros”, diz Gôndola.
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