Existem muito mais oportunidades
Moçambique continua a não tirar todos os benefícios das facilidades de colocação dos seus produtos no mercado americano, particularmente no âmbito da lei norte-americana de Oportunidade e Desenvolvimento para África (AGOA), mas tem potencialmente capacidade de melhorar o seu desempenho.
AGOA é uma iniciativa do governo federal norte-americano ao abrigo da qual os países africanos podem exportar, isentos de impostos, os seus produtos para o mercado dos Estados Unidos.
Tobias Bradford, adido de imprensa e cultura da embaixada americana em Maputo, admite que “existem muito mais oportunidades que Moçambique não está a aproveitar” e nota que, em 2010, Moçambique exportou para os EUA 65 milhões de dólares norte-americanos, dos quais apenas 200 mil no âmbito do AGOA, referentes à exportação de açúcar, tabaco e minérios.
Segundo mostra Bradford, “Moçambique já mostrou a sua capacidade para produzir produtos de qualidade”, recordando a anterior existência de uma fábrica de confecções que exportava para os EUA. Na sua opinião, “os principais desafios que Moçambique enfrenta para participar no programa AGOA são os mesmos desafios para entrar noutros mercados, como seja o mercado da União Europeia”.
Questionado sobre quais serão os sectores mais aliciantes para os investidores americanos em Moçambique, Tobias Bradford considera que a indústria têxtil e de confecções “são áreas de grande interesse, notando que “Moçambique tem a vantagem de ter um custo laboral baixo e já mostrou, no passado, que tem possibilidades de fabricar produtos de qualidade.”