Os restos mortais do fundador da UNITA, Jonas Savimbi, foram entregues na tarde desta sexta-feira, 31, aos filhos do guerrilheiro morto em 2002 e a dirigentes do partido no Angulo, na província do Bié.
Depois de três dias da data marcada e de muitas trocas de acusações entre Governo e UNITA e de uma reunião de emergência entre o Presidente da República, João Lourenço, e o líder do principal partido da oposição, Isaías Sakakuva, começaram os funerais de Savimbi que será enterrado no sábado, 1, em Lopitanga, sua terra natal, e juntamente com os seus pais.
O programa inicial apresentado pela UNITA indicava que os restos mortais seriam entregues à família e ao partido no dia 28 de Maio, no dia seguinte estariiam na residência oficial de Jonas Savimbi, no Huambo, e no dia 30 seguiriam para Andulo.
Desentendimentos
O velório estáva previsto para o dia 31, na localidade de Lopitanga, e o enterro no dia 1 de Junho.
Entretanto, no dia 28, o Governo, segundo o ministro de Estado e chefe da Casa Civil da Presidência da República, Pedro Sebastião, deixou os restos mortais no Andulo e acusou a UNITA de não comparecer ao local, como acordado.
A UNITA e familiares de Savimbi, que integravam a comissão que coordenou o processo de exumação e entrega do corpo do fundador do partido do “Galo Negro”, liderada por Sebastião, refutaram a acusação e disseram que o Executivo mudou os planos para o Cuito, ao contrário do planeado.
Na quarta-feira, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, escreveu uma carta em regime de urgência ao Chefe de Estado que, no dia seguinte, enviou um avião ao Huambo para ir buscar Samakuva para um encontro na Cidade Alta.
No final do encontro, ficou acordo que os restos mortais de Savimbi seriam entregues, finalmente, hoje.