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Urge internacionalizar as artes moçambicanas


Dançarinas moçambicanas
Dançarinas moçambicanas

Em 40 anos, os escritores e artistas contribuíram para o crescimento de Moçambique. Nos primeiros anos de independência, promoveram os ideais do novo Estado, criticaram e ajudaram a fazer mudanças sociais. Hoje, no geral, o desafio é a internacionalização.

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Autor do livro “Carlos Cardoso – Um Poeta de Consciência Profética”, o ensaísta Cremildo Bahule diz que em 40 anos o espaço para a literatura cresceu, há alguns escritores a publicarem fora e surgiram editoras nacionais.

Contudo, prevalecem críticas quanto à circulação e custo de livro. As obras de autores locais são normalmente vendidas ao equivalente a 10 ou 15 dólares. O salário mínimo nacional é inferior a 100 dólares.

Nas artes plásticas há desafios e oportunidades.

A professora Alda Costa, da Universidade Eduardo Mondlane, diz que “Moçambique tem o essencial, que a capacidade criativa, mas falta a infra-estrutura para a internacionalização.”

Contudo, esta especialista e autora, entre outros, do livro "Arte e Artistas em Moçambique" é optimista. Diz haver bons sinais e cada vez mais cresce o interesse em promover as artes fora do país.

O encenador Evaristo Abreu e a cantora Tanselle também são optimistas.

Abreu diz que os cursos superiores de teatro irão criar as bases para a profissionalização. “A indústria da música está a crescer, o público está mais exigente”, diz a cantora que prepara o seu segundo disco.

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