Após dois dias de manifestações de estudante, a reitoria da Universidade Kimpa Vita, na província angolana do Uíge, diz que não pode negociar os preços dos emolumentos por estes estarem fixos por um decreto presidencial.
Contudo, o reitor João Francisco Gaspar de Sousa anunciou a formação de uma comissão para averiguar o alto nível de reprovações que os estudantes alegam ser fruto de um plano para força-los a pagar taxas de recursos que são depois divididas com os professores que têm assim um incentivo para os reprovar.
“O decreto é de aplicação obrigatória para todas as instituições de ensino superior públicas”, lembra o reitor, que diz que "está-se a trabalhar” para resolver a questão das reprovações.
O reitor acusou os estudantes de actos de vandalismo durante as manifestações e sublinhou não ter visto "justificação para uma manifestação como aquela que se realizou há dias com actos de vandalismo paticados pelos participantes".
Ante o posicionamento do reitor, um dos organizadores das manifestações, Afonso João, disse que os estudantes estão a aguardar pela “conclusão final da reitoria” antes de decidirem se vão ou não realizar novas manifestações.