WASHINGTON —
O candidato Republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, está envolvido numa polémica depois de ter afirmado que quase metade dos americanos se julga no direito de receber ajuda do governo.
Estas declarações foram criticadas pelo Partido Democrático de Barack Obama que tem tentando projectar uma imagem de Romney como um milionário desligado das realidades da vida do cidadão comum.
O jornal Washington Post afirmava terça-feira de manhã que entre os financiadores da campanha presidencial do republicano Mitt Romney há cada vez mais frustração com a sua incapacidade aumentar os seus apoios entre o eleitorado, apesar de economia continuar fraca.
Os republicanos, disse o Washington Post, estão cada vez mais frustrados com a incapacidade da campanha de Romney de capitalizar na ansiedade dos americanos sobre a económica e com as duvidas que continuam a existir entre o eleitorado sobre o presidente Barack Obama.
Dois artigos nesse jornal mencionam o estratega da campanha de Romney, Stuart Stevens, como sendo aquele que está a ser cada vez mais criticado.
E Romney tem razões para estar preocupado. A 49 dias das eleições sondagens indicam que Obama continua a comandar na maioria daqueles estados considerados vitais para uma vitória. As sondagens indicam que mesmo na questão da economia onde o eleitorado sempre se manifestou até agora favorável a Romney o apoio a Obama tem estado a crescer. A economia é, ou pelo menos deveria ser, a arma principal de Romney nesta campanha.
A sua batalha tem sido sempre afectada pela imagem de ser um milionário desligado das realidades do cidadão normal, imagem essa - claro está - sublinhada pela campanha do Partido Democrático que durante semanas e semanas insistiu para que Romney desse a conhecer pelo menos 10 anos das suas declaraçoes de rendimentos e impostos pagos.
Agora essa imagem poderá ser ainda mais agravada por um vídeo agora divulgado de uma reunião de angariação de fundos em que diz que 47 por cento do eleitorado acredita que tem direito a receber ajuda do estado.
“Há 47 por cento das pessoas que vão votar pelo presidente qualquer que seja a situação,” disse Romney.
“Há 47 por cento que estão com ele, que dependem do governo, que acreditam que são vítimas, que acreditam que o governo têm a responsabilidade de tomar conta deles, que acreditam que têm o direito a cuidados de saúde, a alimentação, a habitação, ao que quer que seja. Acreditam que isso é um direito que têm e que o governo lhes deve dar isso. Portanto votarão pelo presidente qualquer que seja a situação,” acrescentou
Romney disse na ocasião que devido a isso “não se vai preocupar com essas pessoas” porque, acrescentou, “nunca os conseguiria convencer a assumirem a responsabilidade pessoal e tomarem conta das suas próprias vidas”.
Depois do vídeo ter sido publicado Romney teve que convocar uma conferencia de imprensa onde afirmou que estava apenas a tentar sublinhar as suas diferenças com o presidente, mas admitiu que a sua declaração “não foi feita de forma elegante”.
“A posição do presidente é atractiva para as pessoas que não pagam impostos, porque, para ser franco, a minha discussão sobre a necessidade de baixar os impostos não é atractiva para eles,” disse o candidato republicano.
“ Portanto não vou atraí-los para a minha campanha com tanta efectividade como aqueles que estão no meio. Isto trata-se de uma discussão sobre o processo política para se ganhar uma eleição. Claro que quero ajudar todos os americanos. Todos os americanos têm um futuro prospero e eu estou convencido que as posições do presidente não vão alcançar isso,” acrescentou
A sua menção ao facto de 47 por cento dos americanos não pagarem impostos federais mereceu de imediato uma resposta dos democratas que disseram que isso se trata de famílias mais pobres e dos idosos reformados. Alguns deles fizeram notar que isso se deve em parte a reduções de impostos aprovadas pelo presidente George W Bush, um Republicano.
A campanha de Obama emitiu um comunicado descrevendo o vídeo de chocante e disse que Romney tinha desprezado metade da nação.
A ironia desta situação em que Romney se encontra envolvido é que há quatro anos atrás Obama teve uma controvérsia semelhante quando numa reunião também de angariação de fundos descreveu o eleitorado branco das zonas rurais como pessoas que quando descontentes com a sua situação “se agarram ás suas espingardas e á sua religião”.
Mas isso foi há quatro anos atrás. Com as sondagens a indicarem claramente que a campanha de Romney está a derrapar esta última escorregadela pública só serve para dar enfâse á imagem de que o candidato republicano é um defensor dos ricos e ignora a realidade do resto da América.
Estas declarações foram criticadas pelo Partido Democrático de Barack Obama que tem tentando projectar uma imagem de Romney como um milionário desligado das realidades da vida do cidadão comum.
O jornal Washington Post afirmava terça-feira de manhã que entre os financiadores da campanha presidencial do republicano Mitt Romney há cada vez mais frustração com a sua incapacidade aumentar os seus apoios entre o eleitorado, apesar de economia continuar fraca.
Os republicanos, disse o Washington Post, estão cada vez mais frustrados com a incapacidade da campanha de Romney de capitalizar na ansiedade dos americanos sobre a económica e com as duvidas que continuam a existir entre o eleitorado sobre o presidente Barack Obama.
Dois artigos nesse jornal mencionam o estratega da campanha de Romney, Stuart Stevens, como sendo aquele que está a ser cada vez mais criticado.
E Romney tem razões para estar preocupado. A 49 dias das eleições sondagens indicam que Obama continua a comandar na maioria daqueles estados considerados vitais para uma vitória. As sondagens indicam que mesmo na questão da economia onde o eleitorado sempre se manifestou até agora favorável a Romney o apoio a Obama tem estado a crescer. A economia é, ou pelo menos deveria ser, a arma principal de Romney nesta campanha.
A sua batalha tem sido sempre afectada pela imagem de ser um milionário desligado das realidades do cidadão normal, imagem essa - claro está - sublinhada pela campanha do Partido Democrático que durante semanas e semanas insistiu para que Romney desse a conhecer pelo menos 10 anos das suas declaraçoes de rendimentos e impostos pagos.
Agora essa imagem poderá ser ainda mais agravada por um vídeo agora divulgado de uma reunião de angariação de fundos em que diz que 47 por cento do eleitorado acredita que tem direito a receber ajuda do estado.
“Há 47 por cento das pessoas que vão votar pelo presidente qualquer que seja a situação,” disse Romney.
“Há 47 por cento que estão com ele, que dependem do governo, que acreditam que são vítimas, que acreditam que o governo têm a responsabilidade de tomar conta deles, que acreditam que têm o direito a cuidados de saúde, a alimentação, a habitação, ao que quer que seja. Acreditam que isso é um direito que têm e que o governo lhes deve dar isso. Portanto votarão pelo presidente qualquer que seja a situação,” acrescentou
Romney disse na ocasião que devido a isso “não se vai preocupar com essas pessoas” porque, acrescentou, “nunca os conseguiria convencer a assumirem a responsabilidade pessoal e tomarem conta das suas próprias vidas”.
Depois do vídeo ter sido publicado Romney teve que convocar uma conferencia de imprensa onde afirmou que estava apenas a tentar sublinhar as suas diferenças com o presidente, mas admitiu que a sua declaração “não foi feita de forma elegante”.
“A posição do presidente é atractiva para as pessoas que não pagam impostos, porque, para ser franco, a minha discussão sobre a necessidade de baixar os impostos não é atractiva para eles,” disse o candidato republicano.
“ Portanto não vou atraí-los para a minha campanha com tanta efectividade como aqueles que estão no meio. Isto trata-se de uma discussão sobre o processo política para se ganhar uma eleição. Claro que quero ajudar todos os americanos. Todos os americanos têm um futuro prospero e eu estou convencido que as posições do presidente não vão alcançar isso,” acrescentou
A sua menção ao facto de 47 por cento dos americanos não pagarem impostos federais mereceu de imediato uma resposta dos democratas que disseram que isso se trata de famílias mais pobres e dos idosos reformados. Alguns deles fizeram notar que isso se deve em parte a reduções de impostos aprovadas pelo presidente George W Bush, um Republicano.
A campanha de Obama emitiu um comunicado descrevendo o vídeo de chocante e disse que Romney tinha desprezado metade da nação.
A ironia desta situação em que Romney se encontra envolvido é que há quatro anos atrás Obama teve uma controvérsia semelhante quando numa reunião também de angariação de fundos descreveu o eleitorado branco das zonas rurais como pessoas que quando descontentes com a sua situação “se agarram ás suas espingardas e á sua religião”.
Mas isso foi há quatro anos atrás. Com as sondagens a indicarem claramente que a campanha de Romney está a derrapar esta última escorregadela pública só serve para dar enfâse á imagem de que o candidato republicano é um defensor dos ricos e ignora a realidade do resto da América.