EUA ainda não decidiram o envio de observadores eleitorais para Angola
Os Estados Unidos ainda não decidiram se enviam se vão enviar observadores às eleições angolanas deste ano.
A revelação foi feita à Voz da América, pelo presidente da UNITA, Isaías Samakuva, no termo de uma visita de três dias a Washington, para encontros com responsáveis da Casa Branca, Departamento de Estado, Senado e Câmara dos Representantes.
Samakuva disse ter sensibilizado as autoridades americanas para a necessidade de seguir de perto todo o processo de democratização em Angola, incluindo os preparativos para as eleições e as próprias eleições, face aos problemas que se têm verificado.
"Ainda não ha uma decisão definitiva mas tivemos a sensação de que a nossa mensagem foi bem acolhida", disse o líder da UNITA numa entrevista, após as suas reuniões em Washington.
Samakuva disse ter ficado convicto de que os Estados Unidos "vão trabalhar no sentido de ter os meios necessários para enviar observadores a Angola. Há uma grande sensibilidade em relação a esse aspecto" dos observadores.
Nota que, em condições ideais, "a observação devia ser feita também durante o processo e não apenas no dia das eleições".
A observação americana é considerada pela UNITA ainda mais importante, porque a União Europeia, segundo Samakuva "não vai enviar observadores às eleições angolanas".
"A União Europeia, que de uma forma geral manda observadores para as outras partes do mundo, para o caso de Angola parece ter decidido já que não vai mandar observadores", declarou o presidente da UNITA,. na sua entrevista à VOA.
"Tivemos ocasião de falar sobre isto com o Dr. Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia. Prácticamente confirmou-nos este aspecto embora tenha admitido a necessidade e a possibilidade de mandarem um grupo de peritos" para acompanhar "alguns aspectos do processo eleitoral", disse.
"Para nós", adianta Samakuva, "isso não chega. O país é vasto e não se contenta com poucas pessoas. Também há a tendência de não se cumprir a lei e tudo isso precisa de ser seguido de perto, porque é melhor prevenir do que ir depois para Angola apagar fogueiras quando já é tarde", concluiu o presidente da UNITA