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UNITA prossegue com "marchas pela liberdade" e diz que líderes do partido estão sob ameaças


Comício da UNITA em Benguela, Angola
Comício da UNITA em Benguela, Angola

Lobito, em Benguela, acolhe primeira manifestação fora de Luanda no domingo, 2

Indiferente à reacção do MPLA à manifestação realizada em Luanda, a UNITA prepara “marchas pela liberdade” em outras províncias, com a primeira agendada para domingo, 2, no Lobito, na província de Benguela, onde vai apresentar exemplos do que chama de perseguições e presos políticos, no sentido de mostrar que também luta pelo quadro social do país fora das instituições do Estado.

UNITA vai manifestar-se no Lobito - 2:17
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O partido líder da oposição em Angola aponta para prisões e torturas de activistas cívicos e diz mesmo que membros seus, incluindo o presidente Adalberto Costa Júnior, estão a ser ameaçados.

Sem detalhar aspectos sobre liberdades na perspectiva da verdade eleitoral, o
secretário-geral da UNITA, Álvaro Chicamângua, opta por destacar perseguições no pós-eleitoral, começando por situações que preocupam o secretário na província de Luanda.

“O preço do poder não vale o sangue do meu povo nas ruas”. ACJ
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“De repente, ameaças aos seus filhos, quando o político é ele, é uma forma de limitar a liberdade do Nelito. Vários dirigente, incluindo o presidente, o mais velho Mulato, o mais velho Numa e outros acordaram e viram nas suas casas o desenho de uma caveira a dizer ‘está anotado’. Vocês sabem que o crânio é sinal de perigo, os filhos e as esposas estão preocupados”, conta aquele responsável da UNITA.

O município do Lobito, em Benguela, acolhe a primeira marcha pela liberdade fora de Luanda, com a UNITA, segundo o seu secretário-geral, indiferente ao pensamento do MPLA, partido criticou a manifestação em Luanda, ao citar actos que “visam alterar o sentimento expresso nas urnas”.

Chicamângua salientou, nesta entrevista à VOA, que existem razões para protestos similares em outras províncias.

“Na Lunda Norte, um grupo de nove jovens foi preso, apenas porque foi reclamar a subida dos bilhetes do avião, que antes das eleições estava mais baixo. Eles foram obrigados a colar a sua actividade cívica à UNITA. Já no Cuando Cubango, a nossa sede é vigiada, assim como os dirigentes, por isso dizemos que eles querem amedrontar para colocar as pessoas de joelho”, concluiu o secretário-geral do partido do “galo negro”.

A VOA insistiu num contacto com o secretário para Informação do MPLA, Rui Falcão, mas sem sucesso.

Há duas semanas, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Marcy Lopes, garantia, à chegada ao pelouro, que a luta pela defesa e promoção direitos fundamentais dos cidadãos seria uma medida prioritária, tendo actores da sociedade civil, em reacção, manifestado reticências.

Foi o reafirmar de um discurso do seu antecessor, Francisco Queiroz, agora no Conselho da República.

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