No Kwanza Sul, a Unita acusou o Governo de continuar a matar os seus membros e apelou ao presidente José Eduardo dos Santos para pôr fim a essa situação
O secretário para informação e marketing do secretariado provincial da Unita no Kwanza Sul Celestino Samahina Bartolomeu considera que a independência de Angola tem muito significado, mas que após 39 anos de independência e 12 anos do fim da guerra civil os resultados não são os mais desejáveis.
Samahina Bartyolomeu disse que, em menos de 12 anos, a Unita registou 19 assssinatos contra os seus membros .
«O Governo angolano, ao seu mais alto nível, falo concretamente para o Presidente da República, tem que vir a público dizer: meus senhores parem com isso. Ou queremos estabilidade ou queremos instabilidade”, disse afirmando que a “a paciência tem limites“.
Por seu lado, o coronel na reserva Augusto AntónioTrocado, que em 1975 sentiu na carne as agruras da guerra, disse que o momento não é denão se apegar a coisas fúteis, mas sim na reconstrução nacional e levar os bens e serviços à s populações mais necessitam.
Trocado acusou os críticos da actual situação de ignorarem os avanços alcançados desde a independência.
“São indivíduos que não querem que as coisas desenvolvam, porque desmotivam certamente determinados dirigentes municipais ou provinciais que querem trabalhar», afirmou.
No Kwanza Sul, o acto de celebração da independência aconteceu na histórica vila do Ebo, onde o governador da província general Eusébio de Brito Teixeira ressaltou a luta armada de 1975 como um grande ganho para o povo pois, segundo ele, foi na batalha do Ebo que se travou o avanço das forças da África do Sul que pretendiam impedir a proclamação da independência de Angola no dia 11 de Novembro de 1975.
Eusébio de Brito Teixeira homenageou os combatentes angolanos e cubanos que não hesitaram em sacrificar suas vidas e de suas famílias para que o país fosse independente.
O governador recoenheceu que há ainda muito trabalho a fazer para que a vida dos angolanos mude para melhor.
“Os angolanos têm de sentir e viver os frutos da nossa independência, não podemos baixar os braços porque ainda não realizamos o sonho de construirmos uma Angola para todos os filhos, onde cada família se sinta realizada possuindo o necessário e uma vida digna”, concluiu.