Numa conferência de imprensa para o balanço dos primeiros 15 dias da campanha eleitoral em Angola, o director de campanha da UNITA assegurou que o seu partido não quer o adiamento da eleições e desmentiu que a campanha esteja a ser financiada por marimbombos.
Lukamba Gato começou por devolver o apelo feito candidato do MPLA à Presidência da República, João Lourenço, a que aceite os resultados das urnas.
"Para que ele próprio aceite os resultados eleitorais das urnas e não procure fabricar resultados estranhos à vontade dos cidadãos, que respeite a constituição e a lei e deixe de interferir na CNE", disse Gato que refutou a ideia de uma eventual mudança da data das eleições.
"Esta iniciativa de se adiar a data das eleições interessa apenas ao MPLA porque pretende refazer da imagem que tem hoje, nós pensamos que a data para as eleições é esta e ponto", afirmou peremptório o director de campanha do partido do “galo negro”.
Por seu lado, segundo Lukamba Gato, a UNITA minimiza uma eventual contradição entre os partidos na oposição com grupos da sociedade civil que pretendem manifestar-se nesta quarta-feira, 17, para exigir à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) o cumprimento da lei e a resolução das irregularidades existentes no processo eleitoral.
A UNITA reiterou não ter recebido dinheiro de pessoas que sejam corruptas e que tudo não passa de estratégias de distração levadas a cabo pelo verdadeiro corrupto de Angola.
"É visível pela dificuldade que enfrentamos na campanha, que nós não recebemos de quem quer que seja financiamento, para além do Orçamento Geral do Estado e contribuição dos nossos membros", garantiu.
Em relação ao prazo dado pela CNE de 48 horas ao partido para mudar os seus delegados de lista para a diáspora devido a irregularidades processuais, Lukamba Gato minimizou o problema e esclareceu que “a área apropriada do partido vai publicamente, nas próximas horas, resolver isso, por ser questão mínima e fácil de ser resolvida".