A UNITA minimizou nesta quarta-feira,17, o desinteresse manifestado pelo MPLA, no poder, CASA-CE, PRS , Pjango e APN, na oposição, em apoiar a exigência do controlo do voto a partir dos locais de votação por entender que "cada partido concorrente tem os seus objectivos e a sua própria estratégia”.
"Teria sido bom que os outros partidos fizessem eco a esta medida, mas se não o fazem estão na sua liberdade", disse à VOA o secretário da UNITA para as eleições, Faustino Mumbica, quem garantiu que o seu partido não vai desistir desta estratégia.
"A UNITA, em função dos objectivos que persegue, que passam por alcançar o poder político por via democrática, e considerando a realidade das eleições passadas, vai continuar a adoptar esta estratégia", sublinha.
Mumbica lamenta “pensar que estamos a caminhar juntos como oposição para a alternância mas, como tudo, cada um tem objetivos diferentes.
A proposta da UNITA de que cada eleitor deve controlar o seu voto permanecendo próximo das assembleias de voto até à fixação dos resultados, já foi reprovada pela Comissão Nacional Eleitora que a considera ser geradora de perturbação.
Por outro lado, aquele dirigente da UNITA considera "estranho e conivente", o silêncio do Tribunal Constitucional (TC) sobre o assunto, nas vestes de Tribunal Eleitoral.
Ainda assim, Faustino Mumbica manifesta a esperança de que esta instância venha a tomar uma decisão, "não tanto pelas preocupações que a UNITA coloca, mas sobretudo pelos factos que estão a surgir neste momento".