Deputados da oposição disseram duvidar que o MPLA possa fiscalizar o presidente João Lourenço e o seu governo tal como o próprio chefe de estado exortou os membros do seu partido a faze-lo.
O deputado da UNITA Joaquim Nafoia disse que há órgãos do estado próprios para fazer esta fiscalização.
"Os órgãos que devem fiscalizar o executivo são a Assembleia Nacional e o Tribunal de Contas, não é o seu partido”, disse.
“Como é que o partido vai fiscalizar o seu próprio executivo, quando existem órgãos próprios para o fazer bastando para isso João Lourenço criar condições a estes para que o façam ?" interrogou o deputado da UNITA..
André Gaspar Mendes de Carvalho líder do grupo parlamentar da CASA-CE diz que esta ideia de João Lourenço dentro do MPLA.
Já André Miauda CASA CE também manifestou dúvidas à capacidade do MPLA fiscalizar o presidente.
“Dentro do MPLA o problema é colocar isto na pratica e eu não acredito", disse.
João Pinto da bancada do MPLA disse que a "a interpretação que se deve fazer do discurso de João Lourenço é que se trata de um desafio lançado aos miitantes, dirigentes e simpatizantes do MPLA e até o cidadão em geral para contribuírem na fiscalização ali onde estiverem”, disse.
“Significa alertar, fazer lembrar que as normas dizem isso e quando se tratar de actos criminosos nos termos do código penal crimes públicos, os órgãos poderem actuar no quadro da legalidade democrática”, acrescentou afirmando ainda que “por isso o presidente disse que as ordens superiores terão de ter rosto o que significa dizer pura e simplesmente que a responsabilidade tem de ser individual e não colectiva".
João Pinto disse que há coragem dentro do MPLA para fiscalizar o trabalho dos seus dirigentes “ mas isso não quer dizer que o partido vai fazer oposição ao seu governo "
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