A UNITA, principal partido da oposição, vai pedir a destituição do Presidente angolano a quem acusa de cometer violações da lei e da Constituição, corrupção e por não resolver os problemas básicos dos angolanos.
A iniciativa foi anunciada num comunicado apresentado em conferência de imprensa nesta quarta-feira, 19, em que a UNITA diz que João Lourenço consolidou o país “num regime autoritário que atenta contra a paz e contra os direitos fundamentais dos angolanos” e disse ser responsável pela captura do Estado “por uma oligarquia”, que tem promovido a destruição do sistema de educação e, entre outras coisas, “o empobrecimento das maiorias, a insustentabilidade da coesão e do progresso social”.
O documento menciona ainda os altos níveis de pobreza, a inflação e o “assalto ao Tesouro Nacional para financiar direta e indiretamente os investimentos privados da oligarquia que protege” como razões para se buscar a destituição do Presidente, que a UNITA acusa ainda de “claras interferências, controlo, instrumentalização e manipulação dos juízes dos Tribunais Superiores”.
"Há igualmente evidências bastantes de violação dos princípios constitucionais da transparência, da boa governação, da responsabilização do Presidente da República na execução do Orçamento Geral do Estado”, acusa ainda o “Galo Negro”.
A UNITA disse que o seu grupo parlamentar vai “apresentar ao Plenário da Assembleia Nacional a presente iniciativa para o processo de acusação e destituição do Presidente da República”, mas não diz quando é que isso será feito.
Não houve reação imediata por parte da presidência ou do partido maioritário, o MPLA.
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