O secretário para os Assuntos Eleitorais da UNITA Victorino Nhany criticou as discrepâncias que existem nos salários da Guarda Presidencial e do resto das forças armadas algo que descreveu como sinal claro da discriminação que existe em Angola.
Ao falar num comício em Benguela, Nhany disse que “o soldado das Forças Armadas, que luta para defender o Estado, ganha 20 mil kwanzas”, menos de 100 dólares ao câmbio oficial.
‘Mas o mesmo soldado, ao serviço da guarda de uma única pessoa, o Sr. Presidente, recebe 200 mil”, acrescentou Nhany para quem isto “significa que eu, Sr. poderoso, não posso morrer, ao passo que os outros, que são a maioria …”, completou.
A divisão do Orçamento do Estado, com 80 por cento para Luanda e 20 para as outras províncias, serviu de ponto de partida para as críticas de Victorino Nhany, que elegeu o Lobito para falar de temas actuais.
Do lixo aos problemas na saúde e educação, passando pela corrupção, ele tratou de levantar a bandeira da mudança.
Num discurso de quase uma hora, o dirigente da UNITA criticou ainda as actividades do Fundo Soberano de Angola presidido por José Filomeno dos Santos (filho do presidente) fazendo notar que filhos do presidente controlam companhias de grande peso.
“A quem pertencem a UNITEL, a ZAP e o canal 2 da TPA?’’, interrogou.