A UNITA, principal partido da oposição em Angola, apoia uma manifestação programada para este sábado, 24, por activistas como forma de pressionar o Presidente João Lourenço a cumprir as promessas feitas durante a campanha, principalmente no capítulo económico.
O activista Benedito Dito Dali diz que os organizadores da manifestação querem que Lourenço esclareça o que vai fazer para contrapor o desemprego que assola o país e dizer para quando a realização as eleições autárquicas.
"Daqui em diante transformaremos as ruas de Luanda em escritórios por ser o espaço adequado para exercer a nossa cidadania e pressionar o Governo a atender às nossas reivindicações”, afirma Dali, lembrando que os “dirigentes dizem que não há dinheiro no país mas os mesmos dirigentes assaltam o erário público e o transferem para o exterior, como é o caso, por exemplo, de Edeltrudes Costa, acusado de ter desviado mais de 20 milhões de dólares das contas públicas”.
“Enquanto isso há pessoas a morrerem por falta de comida, por falta de medicamentos nos hospitais, é falta é humanismo e vontade de resolver os problemas dos cidadãos”, sublinha Dali.
O secretário provincial em Luanda da UNITA, Nelito Ekuikui, garante que “estaremos nessa manifestação que visa pressionar o Presidente da República a clarificar alguns aspectos que não mencionou no discurso sobre o estado da nação”.
Entre eles, acrescenta Ekuikui, a data das eleições autárquicas e a transparência no combate à corrupção”.
A concentração, segundo os organizadores, acontece às 11 horas do dia 24 em frente ao Cemitério de Santa Ana e a marcha segue em direcção ao Largo Primeiro de Maio, em Luanda.