A UNITA deu um ultimato à Televisão Pública de Angola (TPA) para mudar a sua postura em relação à cobertura dos actos da sua campanha eleitoral sob pena de prescindir dos seus serviços.
O maior partido da oposição angolana deu 72 horas à TPA, que terminam nesta quinta-feira, 10, e diz que se a televisão pública continuar com a mesma postura não deverá mais cobrir as suas actividades até ao fim da campanha eleitoral.
Da mesma forma, a UNITA declinou o convite da TPA que pretendia entrevistar o seu líder no dia 14 de Agosto, por entender que o debate proposto por Isaías Samakuva ao candidato do MPLA João Lourenço teria mais interesse público do que uma entrevista.
Na mesma nota, o partido do Galo Negro acusa a TPA de se ter “convertido” numa autêntica máquina de propaganda político-partidária que utiliza o património público e os seus espaços privilegiados para publicitar a plataforma político-eleitoral do partido MPLA e do seu cabeça-de-lista”.
Para o activista e jornalista, Rafael Marques a decisão da UNITA “deve ser respeitada”.
Ele também entende que a TPA é usada desde então como uma arma contra a UNITA.
Rafael Marques defende uma campanha social para a despartidarização dos órgãos de comunicação públicos no país.
Entretanto, o candidato da UNITA, Isaías Samakuva, que realiza uma digressão pelo leste do país, prometeu no Moxico a abertura de mais escolas e a construção de postos de saúde em cada aldeia, caso o seu partido saia vencedor das eleições de 23 de Agosto.