O secretário-geral da Unita considera uma provocação a legalização de um partido político com uma bandeira que diz ser semelhante à da sua formação política e ameaça impugnar o acto do Tribunal Constitucional.
As declarações de Victorino Nhany surgem na sequência da recente legalização pelo Tribunal Constitucional de Angola da Aliança Patriótica Nacional (APN) e cuja bandeira tem as mesmas cores do estandarte da Unita.
Ao centro, contudo, o novo partido tem uma árvore em vez do galo negro da UNITA
Nhany disse à VOA que a atitude do Tribunal Constitucional é intencional, visa confundir o eleitorado da UNITA e viola a lei dos partidos políticos que proíbe semelhanças entre bandeiras partidárias.
O dirigente do principal partido da oposição afirma que o líder da ANP, Quintino Moreira, é um instrumento do partido no poder e que a sua nova e surpreendente aparição na cena política é prova de que as instituições angolanas “não são sérias”.
“Vamos impugnar”, assegurou o secretário geral da UNITA.
Na última legislatura, Quintino Moreira liderou a Nova Democracia, uma coligação partidária que veio a ser extinta pelo Tribunal Constitucional em função dos resultados eleitorais do pleito de 2012.
Quintino Moreira disse esta segunda-feira no acto da apresentação oficial que a sua formação política apresenta-se como uma nova opção partidária comprometida com a democratização e modernização do país e que perspectiva ser uma alternância ao poder.
A APN é agora a 11ª formação política com existência legal no país ao lado MPLA, Unita, PRS, FNLA, Bloco Democrático, entre outros.